Crítica | O Exorcista: O Devoto

O Exorcista: O Devoto assusta até a metade e decepciona no final.

Antes do filme

O Exorcista (1973), aclamado por décadas e dono de prêmios importantes como Oscar e Globo de Ouro, é considerado por muitos ainda como o melhor filme de terror já feito na história do cinema. Como Hollywood não perde uma boa história, é hora de sequências e reboots. O Exorcista: O Devoto marca o 6º filme da franquia, dirigido por David Gordon Green, que não é novo nas sequências do terror (de 2018 a 2022, ele dirigiu a última trilogia de Halloween).

Durante o filme

O longa foca em Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), um fotógrafo que perdeu a esposa grávida no Haiti. Treze anos depois, o bebê Angela sobreviveu e se tornou uma adolescente decidida (Lidya Jewett). A história de fato se desenrola depois que Angela e sua amiga Katherine (Olivia O’Neill) desaparecem e retornam à cidade 3 dias depois. Retornam, claro, possuídas.

Os sustos nas medidas certas e as boas atuações, especialmente das atrizes mirins, não conseguem salvar o roteiro megalomaníaco. São duas possessões, que a Igreja Católica apenas não consegue dar conta. Victor, até então um ateu, se desespera e vai atrás de religiosos de todas as fés que ele conseguiu encontrar no caminho: católica, evangélica e de matriz africana. Assim, a luta não é Igreja contra o demônio, e sim o bem contra o mal. Sobre o título, ainda ficam as perguntas: quem é o devoto? devoção à quem?

O filme ainda conta com participações especiais de Ellen Burstyn e Linda Blair como Chris e Regan MacNeil, respectivamente, as personagens principais e originais do terror de 1973. Tanto Chris quanto Regan ficam subutilizadas, reduzidas a momentos no hospital ao final do filme.

Depois do filme

Às vezes, uma sequência é só feita por causa do hype e do saudosismo que uma certa franquia traz. Isso não quer dizer que ela deva ser revivida. Não importa o gênero ou o filme; para MIB – Homens de Preto, Os Caça Fantasmas, Jurassic Park e, agora, O Exorcista; é melhor se lembrar dos clássicos como clássicos.

6

NOTA

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