Antes do Filme
Nas Ondas da Fé, que estreia nos cinemas no dia 12 de janeiro, é uma comédia nacional protagonizada por Marcelo Adnet, que além de atuar assina o roteiro em parceria com Lusa Silvestre (Medida Provisória), o filme conta com direção de Felipe Joffily (Muita Calma Nessa Hora), o longa conta ainda com Otávio Müller, Tônico Pereira, Gregório Duvivier, Roberta Rodrigues e Elisa Lucinda no elenco.
Durante o Filme
O longa conta a história de Hickson (Marcelo Adnet), um técnico de informática que faz diversos bicos para poder pagar as contas, entre eles locutor de carro de telemensagem. Hickson sempre teve o sonho de ser radialista e com a ajuda de Jéssika (Letícia Lima), sua esposa, consegue arrumar um emprego em uma rádio evangélica através do contato com o Apostolo Adriano (Thelmo Fernandes). De forma inesperada o protagonista consegue o emprego de locutor e se torna pastor, vindo junto a fama e o dinheiro.
Nas Ondas da Fé pode ser encarado como uma grande crítica as grandes denominações evangélicas brasileiras que, em alguns casos, mercantilizam e lucram com a fé de seus membros. É possível ao longo do filme perceber claras referências há algumas dessas denominações e a seus líderes de forma sutil, mas ao mesmo tempo clara.
O roteiro é previsível, mas apresenta momentos cômicos e piadas que conseguem arrancar boas risadas do público. O ponto forte é quando Marcelo Adnet aparece em primeiro plano como Pastor Rickson, conseguindo desempenhar o papel com bastante naturalidade e demonstrando todo o seu talento para as imitações, entretanto os diálogos entre Hickson e Jéssica são fracos e desinteressantes, além disso a atuação bastante genérica de Letícia Lima também não ajuda muito. Quem mesmo em um papel coadjuvante rouba a cena quando se trata de atuação é Otávio Müller que interpreta Pacheco, o diretor da rádio.
Depois do filme
O filme apresenta uma premissa interessante e válida como crítica, é uma comédia engraçada e que não apela muito para conseguir tirar risadas do público. Definitivamente não é uma obra que irá agradar a todos, principalmente aqueles a quem a crítica se endereça ou mesmo quem não entender o filme como uma caricatura de uma parte das igrejas cristãs protestantes e não como forma de generalizar o evangélico no Brasil.
