Crítica| Falcão e o Soldado invernal

"Falcão e o Soldado Invernal" é a série da Marvel que poderia ser um filme a parte

Antes da Trama 

Falcão e o Soldado Invernal é uma série da Marvel que discute os acontecimentos do mundo após os eventos de Vingadores: Ultimato, e como seus personagens lidam com o legado de Steve Rogers, o Capitão América.

Durante a trama. 

A história se inicia após Falcão, personagem vivido por Anthony Mackie, entregar o escudo do Capitão América para o governo norte-americano, que por sua vez, decide usá-lo para criar um novo ícone Norte-Americano, o Capitão América John Walker( Wyatt Russel). Paralelo a isso, Sebastian Stan, o Soldado Invernal, busca redenção pelos crimes que cometera no passado, enquanto ajuda seu “parceiro” Falcão a impedir Karli Morgenthaun (Erin Kellyman) uma líder ativista/terrorista que busca usar o soro do super soldado para trazer a realidade pós-blip;

O Falcão e o Soldado Invernal é uma série que abusa do subgênero do Buddy-Cop, gênero caracterizado por dois “homens da lei” de ideias e personalidades distintas serem obrigados por algo maior a se unir e lutar contra o desconhecido. Por dentro deste subgênero enquanto Falcão lida com o fardo de ser um super-herói negro em um país racista, Bucky, o Soldado Invernal, tem de lidar com o fato de ser um criminoso em recuperação. 

Até a escolha e a construção da vilã foi bem aproveitada, pois Morgenthaun e seu grupo, os Apátridas, lutam por um mundo em que imigrantes e pessoas que tiveram suas vidas mudadas após o Blip possam viver em paz. Com esta tríade de personagens, a Marvel pode trabalhar uma série não sobre super-heróis, mas sim sobre preconceito de raça, imigrantes, reabilitados, entre outros. 

Fora a história e a interpretação dos atores que foram bem executadas, temos que destacar o incrível trabalho de cenografia e figurino que ajudam a compor o enredo e tornando-se, em muitos momentos, mais relevantes para a trama do que a própria trama. O trabalho de fotografia não fica atrás, pois enquanto a cenografia e figurino ajudam a compor a história e personalidades dos personagens, a fotografia e a trilha sonora ajuda a dar pistas e a ambientar o clima para as mudanças que cada personagem terá . 

Todavia, a trilha musical torna-se um dos pontos negativos da série, pois após o terceiro episódio, as músicas tornam-se repetitivas ou simplesmente adaptações das já apresentadas. Mas talvez o maior problema da série seja o fato dela não ser um filme independente, pois possuir seis episódios de uma hora permitiu que  os personagens conseguissem ser melhor desenvolvidos, porém criou cenas e introduziu personagens que claramente só estavam ali para ocupar tempo de tela, e que sua exclusão da trama não prejudicaria o seu  desenvolvimento, principalmente no sexto episódio.

Após a trama 

Falcão e o Soldado Invernal é uma série que sabe trabalhar os personagens que tem, mesmo em uma mídia diferente para aquela que foi concebida. É importante ver um exemplo de um estúdio que respeita seus personagens e sabe fazer eles se desenvolverem quase que organicamente. É um sopro de esperança para todo o gênero de filmes de super-heróis, e que mostra que o gênero não precisa ser puro, mas pode e deve ser fundido a outros gêneros e subgêneros para manter a revitalização e a evolução de esta nova indústria

(Divulgação: Disney +)

8.0

NOTA

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