Crítica | Invencível – A Série Animada da Amazon Prime!

A série de super-herói que só é invencível no nome

Antes da série 

Baseado na revista em quadrinhos de mesmo nome, escrita por Robert kirkman, autor de The Walking Dead, Invencível conta a história de um adolescente que é filho do maior herói da terra e acaba de descobrir seus poderes, e agora precisa lidar com os dilemas de ser um adolescente e a responsabilidade de ser um super-herói. 

Durante a Série 

A história se inicia com os dilemas do personagem principal Mark Grayson, filho do maior herói de seu planeta, o imigrante alienígena Omni Man. Temos também a “Liga da Justiça” deste mundo, os Guardiões Globais, estabelecendo a realidade de uma terra perigosa e recheada de super-heróis. 

O primeiro episódio da série trabalha bem o fato da convivência das personagens e o mundo em que estão inseridos, as relações familiares de Mark com seu pai super poderoso, e o peso da responsabilidade de um ser sobre-humano. A série poderia ser focada somente nisso, trabalhando as relações e o peso das escolhas e consequências, porém tal como Alfred Hitchcock já nos ensinou, para se ter um bom suspense na trama, mostre primeiro para o público e depois para seus personagens, desta forma, no fim do primeiro episódio, o personagem que até então vinha sendo apresentado como pai de família e o maior herói da terra, o Omni -Man, de forma brutal mata todos os Guardiões Globais. 

Após os acontecimentos do fim do primeiro episódio, toda a relação da história, e o peso dos personagens muda, o drama familiar até então presente começa a dividir tela com o mistério de o porquê o maior herói do mundo cometeria tal atrocidade, e mais importante, quanto tempo irá demorar para que seu filho e esposa descubram a verdade.

 O clima de investigação toma conta da série, mesmo que em episódios mais “fracos” e tidos a princípio como sem sentido narrativo. Um  exemplo seria o episódio da visita à universidade, que ganha justificativa nos dois últimos episódios quando todas as peças apresentadas do quebra-cabeça se encaixam. 

Outro ponto crucial para analisar esta série é a animação, que ao utilizar o efeito máscara, ou seja, criando um cenário mais realista utilizando traços da realidade ou modelos em 3D para as personagens figurantes, mantém os personagens protagonistas e secundários com um viés 2D bem delimitado, e cria um distanciamento da história apresentada com o mundo vivido, principalmente após o primeiro episódio. Conforme mais intensa as relações e mistérios com o universo vão sendo apresentadas,  mais realista e crível o cenário se apresenta, principalmente na grande cena de luta do último episódio, onde o cenário se torna um personagem vivo da narrativa, dando todo o impacto necessário para compor a história.

Depois da série 

É uma série boa de fato, principalmente no que diz respeito à evolução de personagens, porém está longe de ser perfeita. A animação por mais impactante que seja, em vários momentos se nota uma economia de custos, algo compreensível ao ver a animação das cenas de luta dos dois últimos episódios. As músicas e efeitos sonoros compõem bem a trilha sonora, mas não têm destaques o suficiente para serem memoráveis e a enxurrada de referências a personagens de quadrinhos como Batman, Hellboy, Nick Fury, entre outros.

 A dublagem é outro ponto importante, tanto na versão original em inglês como na dublagem nacional, apresentam vozes que parecem não encaixar direito nos personagens que estão inseridos, exemplo disto é o personagem “Imortal”.

Invencível no fim é uma animação que se destaca muito mais pelo seu roteiro e narrativa do que pela animação em si, mas não que a animação seja ruim ou malfeita, muito pelo contrário, é uma animação que entrega e bem o que foi proposto a ela, porém que devido ao provável orçamento só consegue se igualar à narrativa em questão de qualidade nos últimos episódios.

Gostou desta crítica? Então clique aqui para ler a que escrevi sobre Falcão e o Soldado invernal

poster invencivel
(Divulgação: Amazon Prime Video)

8

NOTA

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