Crítica | Aquaman 2: O Reino Perdido

Parece que a DC está mais perdida do que o Reino

Antes do filme

Depois de anos de críticas ao Universo Estendido da DC (DCEU), principalmente pelos fracassos como Liga da Justiça (2017), Shazam! Fúria dos Deuses (2023) e The Flash (2023), ele finalmente será reformulado. Buscando o sucesso que uma vez a Marvel já teve, James Gunn e Peter Safran, comandantes da DC Studios, prometem um reboot completo para que novas (e esperamos, melhores) histórias cheguem às telas a partir de 2025. De acordo com o calendário, a fase antiga da DCEU termina aqui, com Aquaman 2.

Durante o filme

Arthur Curry (Jason Momoa), alcunha Aquaman, depois do primeiro filme, passa metade do tempo em terra firme, cuidando do filho que teve com Mera (Amber Heard) e a outra metade comandando o reino de Atlantis no mar. David Kane (Yahya Abdul-Mateen II) retorna como Arraia Negra para cumprir a promessa de vingar seu pai e matar Arthur. Ele encontra um tridente amaldiçoado que o promete poder e, junto, levar a Terra à ruína. Para impedi-lo, Aquaman precisa da ajuda de seu irmão Orm (Patrick Wilson), que foi preso após trair Atlantis.

Para quem lembra do Aquaman de 2018, os personagens são exatamente os mesmos, uma saída segura para o final da fase da DC. Não há esforço em montar um roteiro original. Assim como no primeiro filme, mantém-se a narrativa que que os humanos são os destruidores da natureza e, dessa vez, focando nas mudanças climáticas (que contém muitos erros científicos).

Apesar de a dinâmica Arthur e Orm ser carismática, o excesso de piadas e falas repetitivas cansa o espectador. Justamente por isso, filme poderia ter 40min a menos e ainda seria mais dinâmico. Outro aspecto que piora a experiência foi relegar Mera a uma personagem secundária. Por causa de sua polêmica com o ex-marido Johnny Depp, o tempo de tela da atriz foi reduzido.

Depois do filme

Inegável que o DCEU está recebendo um baque nas bilheterias e nas críticas especializadas. E, infelizmente, Aquaman 2 repete o padrão. É um filme que peca no 3D, na duração e no humor. Para os amantes do herói, serve como um fan service final mas, para quem não é, melhor ficar só no primeiro filme.

5.5

NOTA

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