Crítica | A Vilã (2017)

Com roteiro inteligente e recheado de ação, "A Vilã" é uma excelente pedida para os fãs de ação dramática.

Após matar um prédio inteiro cheio de mafiosos, Sook-hee(Kim Ok-bin) é presa e levada para uma agência governamental que transforma criminosas habilidosas em espiãs do governo. Ela aceita se tornar membro da agência para garantir a segurança de sua filha, além da promessa de que um dia terá uma vida normal.

Então vemos uma das principais características da história, ela é contada de forma não linear, ou seja os acontecimentos não são contados em ordem cronológica, e sim através de flashbacks, entrecortados no meio da trama principal. Tudo gira em torno da primeira cena do massacre no prédio da mafia. Nos flashbacks vemos suas causa, e nas cenas atuais, suas consequências.

Vemos o que motivou Sook-hee a enfrentar ao mafiosos, além de descobrirmos como ela conseguiu suas habilidades e quem as ensinou,além dos traumas da personagem com relação a seu passado.

Tudo isso é contado através de boa  fotografia e um excelente roteiro. As cenas de ação também não deixam a desejar, bem coreografadas, filmadas com competência e fluidez, seu único defeito é o sangue visivelmente digital.

Além disso há um problema no filme que o impede de ser perfeito, o ritmo. Somos jogados em um primeiro ato composto majoritariamente por cenas de ação, e nos acostumamos ao ritmo desenfreado da história, para então termos um segundo ato baseado quase inteiramente em diálogos e construção de relacionamentos. Isso não só faz o filme parecer desbalanceado, mas o torna cansativo e longo.

O que salva o filme, é o fato de que mesmo sem ação  nenhuma, o segundo ato é muito interessante. Como se trata de um filme de espiões, nem todos os personagens são honestos sobre quem são e quais são suas intenções. Assim formam-se relações baseadas em mentiras, que aguçam nossa curiosidade sobre qual será seu desfecho.

Vale ressaltar também o fato de que o filme não poupa violência gráfica, assim como não tem medo de matar personagens carismáticos de foram inesperada, assim pode não ser muito recomendado aos expectadores mais sensíveis.

A Vilã é um filme bom, com roteiro inteligente e cenas de ação criativas e empolgantes, protagonizados por uma mulher forte, carismática e muito durona. Resumindo, esse seria o template ideal para um filme solo da heroína Viúva Negra, inclusive com uma cena num estúdio de balé que lembra muito algumas cenas da personagem mostradas em Vingadores 2.

8

NOTA

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