Provavelmente é o tema mais perturbador e tenso que pode haver em um filme. Alguém que nunca passou por algo parecido é capaz de sentir grande desconforto ao se deparar com histórias perturbadoras como a retratada em “3096 Dias de Cativeiro”, ou até mesmo náusea e repulsa com a bizarra “Centopeia Humana”. Envolver-se psicologicamente com “A Troca” que é baseado em fatos reais, e se colocar no lugar da mãe que morreu com a angústia da dúvida. Decerto loucura, vingança e obsessão são as palavras chaves que compõem e definem tais tramas. Contudo, não se espante com as centenas de títulos faltantes e se possível, comente o seu próprio ranking.
10. Louca Obsessão (Misery)
Também conhecido como “Misery” a película sob a assinatura de Stephen King rendeu a Katy Bates um Oscar por sua atuação absurda. Na história Katy vive Annie Wilkes, aparentemente uma pessoa comum muito fã de uma obra, no caso a saga Misery. Do outro lado temos Paul Sheldon, autor de Misery que busca a reclusão cada vez que dá continuidade a um novo título. Assim que termina seu último livro sofre um acidente de carro, e em meio a toda neve sua salvadora é ninguém menos que Annie.
Em virtude de seu amor platônico, Annie abriga Paul em sua casa e se revela sua fã número 1. Com o intuito de agradecer a hospitalidade, Paul lhe entrega seus manuscritos e solicita uma crítica sincera. Chocada com o fim trágico definido para a heroína da história, Annie se revolta e reivindica por meio de tortura um novo final. Agora em cárcere privado e sem contato com o exterior, Paul precisa superar as expectativas de sua fã e se livrar do bloqueio criativo caso não queira ter o mesmo fim de Misery.
9. 12 Horas (Gone)
Um suspense tenso, angustiante e cheio de mistério que se diferencia dos demais pela ausência de violência intensa e apelo sexual. Analogamente a “Plano de Voo” estrelado por Jodie Foster, segue a linha mulher-paranoica-que-alega-sequestro, por outro lado nesta trama acompanhamos Amanda Seyfried na pele de Jill Parrish. Por consequência de um traumático sequestro, Jill tenta reconstruir sua vida, uma vez que busca por um novo emprego e faz um convite para que sua irmã Molly mude-se para sua casa.
Tudo vai bem, até que certo dia percebe o desaparecimento de Molly e crê o serial killer que a sequestrou há dois anos está envolvido no caso. Supondo que trata-se de uma vingança de seu raptor, Jill logicamente busca auxílio da polícia, no que prontamente é ignorada. Dessa forma, quem deveria lhe dar apoio torna-se uma pedra em seu caminho, em seguida Jill imerge em uma investigação perigosa e minuciosa para livrar sua irmã do terror que só ela conhecia.
8. Chamada de Emergência (The Call)
Em 2013 os apreciadores de suspenses psicológicos foram presenteados com The Call, obra cinematográfica estrelado pela vencedora do Oscar Halle Berry e a promissora Abigail Breslin. No longa a mais experiente encarna Jordan Turner, operadora do serviço 911 que há alguns anos falhou miseravelmente ao prestar socorro a uma pré-adolescente que teve sua casa invadida. Em contrapartida somos apresentados a doce Casey, que acaba em um porta malas de um maníaco e como única saída tem a disposição seu celular descartável.
Confrontada novamente pelo mesmo psicopata, Jordan precisa deixar de lado seus receios e conflitos internos para impedir que o desespero de Casey seja decisivo para sua sobrevivência. Em pelo menos 1/3 dos 95 minutos de filme, o expectador se sente na pele de Jordan e Casey, que precisam superar as barreiras impostas por uma cadeira de escritório e a bateria de um celular num apertado porta malas em uma fuga frenética.
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7. O Sequestro do Metrô 123 (The Taking of Pelham 123)
Baseado no livro de Morton Freedgood e sob a direção de Tony Scott, o remake de uma produção de 74 tem um toque especial pela participação da grande estrela do gênero policial Denzel Washington, sem contar sua química sensacional com o antagonista John Travolta. Travolta é Ryder, criminoso com um meticuloso plano de sequestrar o metrô Pelham 123 da linha 6 de Nova Iorque.
Na estação Pelham Gray Park às 1:23 encontra-se Ryder com seus cúmplices, com a finalidade de fazer os passageiros de reféns ao desengatar o vagão principal. Walter Garber é um funcionário da MTA que ao atender a chamada de Ryder, acaba conquistando a simpatia do bandido, que recusa um negociador. A grande tensão se dá pela disparatada exigência de Ryder: A prefeitura deve pagar 10 milhões em 60 minutos, caso contrário, a cada minuto de atraso um passageiro morre.
6. Obsessão (Greta)
Greta chama a atenção por se distanciar da mesmice quando se trata de enredos obsessivos, o romance sexual avassalador capaz de tirar a razão. A película aborda o triste luto de Frances (Chloe Moretz) ainda incapaz de superar a perda materna, e a solidão da viúva Greta (Isabelle Huppert). Depois que a mais jovem encontra uma bolsa dentro no trem, resolve devolver a sua dona e isso dá início a uma amizade improvável.
Todo o ambiente interior da aconchegante residência de Greta é bastante convidativo para Frances, as duas se completam num encaixe perfeito, uma perdeu a mãe e a outra a filha. Com a intensidade da relação amistosa as coisas começam a sair do controle, mas essa não é a causa do abrupto afastamento de Frances, ela acaba descobrindo uma cômoda repleta de bolsas como a que ela encontrou, com nome e telefone de cada moça que entrou em contato com Greta. Se quiser uma crítica aprofundada e bem feita, sugiro que ignore o spoiler a seguir e abra o link abaixo.
Spoiler: Quando Frances acaba sendo capturada, desvendamos que outra jovem foi mantida em cárcere privado antes dela, por fim com a chegada da nova presa, a anterior foi descartada. A dúvida que fica é se todas as moças que devolveram a bolsa tiveram o mesmo fim trágico.
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5. Os Suspeitos (Prisioners)
Com um elenco de peso e alta aprovação crítica, a trama gira em torno do desaparecimento de duas meninas de 6 anos. Inconformado com o andamento das investigações policiais, o carpinteiro Keller Dover (Hugh Jackman) convence a esposa e seus vizinhos a fazerem justiça com as próprias mãos. O principal suspeito é o jovem Alex Jones, já que no dia de ação de graças as meninas foram vistas pela última vez próximas a sua van.
Com uma mentalidade de criança e falta de provas, Alex é inocentado, mas a cabeça atormentada de Killer está convencida da culpa do rapaz e por isso o rapta e comete torturas a fim de negociar a liberdade das meninas. Recheado de tensão e reviravoltas, Prisioners tem um dos finais mais controversos do cinema, não por falta qualidade ou originade, mas simplesmente porque o roteiro não é tão mastigado como muitos gostariam. Ainda assim o enredo é fechado e isento de pontas soltas, não foi por acaso que recebeu a alcunha de melhor suspense de 2013.
4. O Homem nas Trevas (Don’t Breathe)
Alex, Money e Rocky são jovens problemáticos que invadem casas de pessoas ricas para conseguir dinheiro. Quando Money descobre que um cego veterano de guerra recebeu um bom dinheiro como indenização pela morte de sua única filha, enxerga ali uma grande chance com riscos quase inexistentes. Baixando a guarda devido ao estado da vítima, os delinquentes são descuidados e invadem a casa mesmo com a presença dele, sem a menor cautela usual. Uma vez lá dentro, ao se verem encurralados e perceberem que a vítima não tem nada de indefesa e que se trata na verdade de um grande combatente de guerra, os três se veem num beco-sem-saída.
Se a premissa e o trailer em si são tão interessantes, o filme não deixa por menos e pode ser considerado como um dos melhores suspenses da atualidade. O filme convence o espectador e causa uma adrenalina absurda, por causa do perigo improvável que a cegueira de um velho ocasiona.
Spoiler: Quando o enredo avança descobrimos que o homem cego mantém em cativeiro a jovem que atropelou a sua filha. Como a garota sairia impune devido a sua riqueza, decide fazer justiça e pretendo engravidá-la para retomar o que a irresponsabilidade da garota levou.
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3. O Sequestro (Kidnap)
Desta vez Halle Berry está na pele da mãe divorciada, que com um emprego desgastante, se vê humilhada quando o ex-marido decide tirar a guarda de seu filho, por conta da profissão “inferior”. Muito cuidadosa e apegada ao menino, diante de uma discussão pela custódia, vê o mundo desmoronar ao ver Frankie ser arrastado por uma estranha até um carro. Ainda atordoada e ignorada pelos presentes, sua única saída é pegar seu carro e iniciar uma perseguição frenética.
Sem celular, com pouca gasolina, escapando de acidentes e identificada como criminosa pela polícia rodoviária, ela tenta negociar com os sequestradores que a todo momento ameaçam a vida do menino. Na primeira oportunidade de contatar a polícia, acontece uma das cenas mais marcantes e cheia de significados, Karla visualiza um quadro repleto de fotos de crianças desaparecidas. Restam duas alternativas, preencher fichas e contar com o desinteresse da polícia, ou fazer o impossível antes que seja tarde demais e Frankie se torne apenas uma memória distante.
2. O Quarto de Jack (Room)
Joy foi o personagem que rendeu a Brie Larson o Oscar de melhor atriz, a seu lado temos o extraordinário Jacob Tremblay cujo nome dá título ao filme na versão em português. Sequestrada desde os 17 anos, Joy tem a companhia de Jack, seu filho de apenas 5 anos, fruto dos constantes abusos sofridos pelo “Velho Nick”. O filme que foi considerado inadaptável por muitos, surpreende, emociona e choca por tratar de uma questão tão verdadeira, e ainda sim inovar, pois a proposta não é o sequestro em si ou apenas o cativeiro, mas a reinserção social das duas vítimas.
Trancados 24 horas por dia em um quarto isolado, os dois possuem apenas 3 espécies de contato com o exterior, uma clarabóia, uma TV e o próprio raptor. Para proteger Jack e tornar a vida mais leve e suportável, Joy o convence que não há nada no mundo além deles mesmos e tudo o que o quarto acomoda. Ao completar 5 anos, a jovem mãe decide que é hora de falar a verdade para o pequeno, que se confunde ainda mais e rejeita a realidade. O passo a seguir é colocar em prática um meticuloso plano para escapar do cativeiro.
1. A Pele Que Habito (La Piel Que Habito)
O filme de Pedro Almódovar proporciona em uma experiência única, portanto seria equivocado alongar explicações sobre a premissa. É uma obra enigmática que transmite todo o brilhantismo do diretor, sendo rejeitada apenas por sites sem o menor senso crítico, cujo o único propósito é chamar atenção. No longa acompanhamos um vingativo cirurgião plástico que vive um relacionamento conturbado com uma misteriosa mulher. Robert Ledgard pretende criar uma pele totalmente sintética e usa sua parceira amorosa como cobaia, traumatizado por traições do passado e pelo suicídio de sua esposa, impõe uma prisão domiciliar ao alvo de sua obsessão.
Aos poucos com o desenrolar da trama, vamos desvendando os mistérios apresentados e aprendemos mais sobre sua filha Norma. Também traumatizada por presenciar o suicídio da própria mãe, se torna mentalmente instável e passa a depender do auxílio de centros psiquiátricos. Devido a um evento catastrófico, o resto de sua sanidade se esvai e segue o mesmo destino de sua progenitora, deixando Robert cada vez mais louco e descontrolado.
