Antes do filme
Estranho Caminho é um filme que aborda as relações parentais, em especial entre pai e filho. No contexto do começo da pandemia no Brasil, um jovem, David, volta à sua cidade natal para a exibição de seu filme em um festival. Porém, conforme a pandemia avança, ele precisa entrar em contato com o seu pai, Geraldo, com quem não conversa há mais de dez anos.
Durante o filme
Com a utilização de cenários e planos específicos, o filme consegue ser intimista ao ponto de nos fazer sentir que estamos dentro do filme, vivendo com os personagens todas as situações expostas. Isso não apenas nos envolve e prende nossa atenção na peça, mas permite que as conversas, olhares, atitudes e sentimentos, sejam transmitidos de maneira intensa ao espectador.
O roteiro apresenta momentos de grande tensão, com alívios cômicos bem colocados e sinceros – o que contribui com a sensação de intimidade gerada pela fotografia. Além disso, a atuação de Carlos Francisco como “Geraldo”, que recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Tribeca, é impecável. O filme recebeu, no mesmo Festival, os prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro, e Melhor Fotografia.
Após o filme
Trazendo temáticas sensíveis, com uma história impactante, e uma narrativa lúdica, Estranho Caminho faz jus ao seu nome. Seguindo um caminho tortuoso, mas sem curvas em falso, a mensagem do filme é passada sem grandes dificuldades, mas provocando sempre a reflexão e o “ruminar” de certas cenas em seu espectador.
Sobre o Filme
Estranho Caminho
Roteiro e Direção: Guto Parente
Produção: Ticiana Augusto Lima
Direção de Fotografia: Linga Acácio
Direção de Arte: Taís Augusto
Som: Lucas Coelho
Figurino: Thais de Campos
Preparação de Elenco: Noá Bonoba
Trilha Musical: Uirá dos Reis e Fafa Nascimento