League of Legends é, desde seu nascimento, no longínquo ano de 2009, um dos jogos mais populares do planeta, e hoje, 10 anos depois, a Runeterra (Universo em que se passa o Lol) se expandiu de forma que os mais de 100 personagens jogáveis possuam suas próprias histórias, interligadas entre si e por todos os continentes que compõe seu mundo.
E quando falamos dos personagens desse universo é difícil não pensar em Ashe, uma das mais antigas campeãs à adentrar Summoner’s Rift, e esse pode ter sido o motivo de escolha para protagonizar o primeiro projeto em quadrinhos da série, em uma parceria entre a Riot Games (Desenvolvedora do Lol) e a Marvel Comics.
A parceria entre as duas gigantes do mundo nerd se iniciou no final de 2018, com a série em 4 capítulos: League of Legends: Ashe – Mãe de Guerra. O roteiro da obra ficou a cargo de Odin Austin Shafer, da própria Riot, enquanto que a arte ficou nas mãos de Nina Vakueva, uma promessa no mundo dos quadrinhos.
Antes de falar sobre o quadrinho em si é preciso afirmar que não é necessário que você esteja familiarizado com o universo e personagens do Lol, portanto qualquer um pode aproveitar essa história em sua completude.
Em Mãe de Guerra somos apresentados à origem de Ashe, uma jovem Glacinata, guerreira e filha da líder de seu povo, e que tem o destino de um dia liderá-lo. A HQ é dividida em 2 grandes partes, a primeira composta pelos 2 primeiros capítulos e a segunda pelos 2 últimos, separados por importantes acontecimentos.
Nessa primeira metade do enredo temos a introdução dos personagens que rodeiam a protagonista, que tem como norte Greta, sua mãe e líder, que se vê presa numa ambição que pode levar seu povo à morte. Algo igualmente importante e que é apresentado lado a lado à relação de Ashe com sua mãe e povo é a figura dos Glacinatas, que são pessoas/seres que possuem uma conexão mágica com sua terra congelada e dominam a habilidade de manipular e canalizar o gelo, além de possuir certa resistência quanto a ele. Tudo isso se complementa perfeitamente com a ambientação de Freljord, que parece ganhar vida com a incrível arte que Vakueva entrega nessa quadrinização. A segunda parte dessa história é mais ágil e dinâmica graças a presença de novos personagens, a mais importante sendo Sejuani, que desempenhará um papel vital para o destino de Ashe.
É importante citar que ‘Mãe de Guerra’ não é um quadrinho perfeito, e um dos únicos problemas que interferem diretamente na leitura da HQ é seu ritmo, pois quando a obra se aproxima do fim de cada uma de suas 2 partes, fica claro o sentimento de pressa na finalização dos acontecimentos. Proposital ou não, esse fato deixa o leitor esperando por um pouco mais do que foi entregue, o que pode significar que a história de Ashe nos quadrinhos pode não ter, de fato, terminado.
League of Legends: Ashe – Mãe de Guerra nos entrega uma adaptação excelente aos quadrinhos, com um roteiro consistente e seguro do que apresenta e uma arte lindíssima que complementa perfeitamente o universo que está sendo apresentado, a história de Ashe agradará totalmente tanto os mais ferrenhos jogadores de Lol quanto os maiores aficionados por quadrinhos, o que nos leva a ansiar o que mais essa parceria entre a Riot e a Marvel irá nos entregar.
A HQ League of Legends: Ashe – Mãe de Guerra foi um lançamento de Julho da Editora Panini e já se encontra nas bancas e lojas especializadas pelo preço de R$ 49,90.