Resenha I A Corrente, Adrian Mckinty

Até aonde você iria para salvar seu filho?

Sobre o autor

Adrian McKinty nasceu e cresceu em Carrickfergus, na Irlanda do Norte. Estudou Filosofia na Universidade de Oxford com bolsa integral e emigrou para os Estados Unidos. Publicou dezenas de suspenses premiados com o Edgar Award, o Ned Kelly Award e o Anthony Award. Seus livros foram traduzidos para mais de vinte idiomas. Escreve crítica literária para o Sydney Morning Herald, o Irish Times e o Guardian. Mora em Nova York com a mulher e duas filhas.

Enredo

A trama narra a história de Rachel Klein que, após deixar sua filha (Kylie) no ponto à espera do ônibus escolar – como qualquer dia normal- recebe uma ligação que sua descendente fora sequestrada. A princípio, seria um sequestro comum – embora esta prática não seja nada normal, o que agrava o conflito é que, além de Rachel pagar pelo resgate, ela terá de sequestrar outra criança e fazer a mesma coisa com a família dessa. Como propõe o título, a protagonista está na ” Corrente”.

Desenvolvimento

Ao longo da narrativa, podemos constatar diversos momentos em que Rachel hesita ligar para polícia ou até mesmo ir até quem está por trás disso, todavia, é inútil. A Corrente existe há anos e muitas pessoas já participaram dela, não por que quiseram e, sim, porque queriam seus filhos de volta. A história aborda várias nuances: ” Você seria capaz de sequestrar outra criança para ter seu filho de volta?” ” Até aonde vai o seu nível de bondade e inteligência?” ” Você é bom a todo momento ou só quando há alguém o vendo?”

Posto isto, Rachel está na Corrente e, sendo assim, deverá segui-la se quiser sua filha de volta. Ademais, Rachel Klein possui câncer de mama, fato que o autor utilizou como forma de resistência da protagonista, ou seja, mesmo doente, luta por sua filha. Dessa forma, o instinto protetor materno é algo que extrapola os limites do amor.  Adrian Mckinty consegue quebrar o esteriótipo da mulher como ” sexo frágil”. O autor vai além, propõe diversas reflexões acerca do quanto a mulher é guerreira quando almeja determinado intento. Os criadores da Corrente não sujam suas mãos, utlizando o amor de pais, vão convencendo as pessoas a fazerem coisas completamente hediondas, como sequestro, roubo e até assassinato.

Ao longo da trama, o ex-marido de Rachel- pai de Kylie- ganha uma importância enorme, cujo valor só se descobre findando a 0bra.

Crítica

Adrian conseguiu reunir todas as peças para uma excelente obra: sem exageros, personagens contundentes e secretos, narrativa diferente e atraente. Personagens que outrora não eram tão importantes para o desenvolver, começam a ganhar outros contornos.

 

 

 

 

10

NOTA

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