Resenha | Assassinato no Expresso do Oriente

SOBRE O LIVRO

Não é à toa que ainda hoje Agatha Christie é considerada uma das maiores autoras do mundo e conhecida como “a rainha do crime”. Assassinato no Expresso do Oriente, originalmente Murder on the Orient Express, foi um dos livros mais bem-sucedidos da escritora e conhecido por revolucionar os romances policiais da época.

A obra foi originalmente lançada em 1934 e desde então passou por várias adaptações para filmes, como a versão recente de 2017, dirigida por Kenneth Branagh, com previsão de continuação para 2022. Além disso, a história traz como protagonista um dos detetives mais célebres da história: Hercule Poirot, conhecido, dentro e fora do universo dos livros, por ser metódico, extravagante e, consequentemente, o melhor investigador.

DESENVOLVIMENTO

Uma viagem não planejada obriga o detetive Hercule Poirot a embarcar no Expresso do Oriente em um longo caminho rumo à Inglaterra. Durante o percurso, Poirot conversa com passageiros de diversas partes do mundo — sendo reconhecido por sua fama — e antipatiza-se com o senhor Ratchett, um indivíduo que procura seus serviços no decorrer da viagem, alegando que corre risco de vida. No entanto, o detetive ignora o pedido por considerá-lo prepotente e desagradável.

Durante a madrugada do primeiro dia de viagem, uma forte nevasca atinge o trem e o obriga a parar. No dia seguinte, misteriosamente, os passageiros são acordados com a notícia de que houve um assassinato e a vítima é justamente Ratchett, que foi golpeado por uma série de facadas. Após a análise do corpo, é revelado que a identidade da vítima era falsa: seu nome verdadeiro é Cassett, um fugitivo que raptava pessoas nos Estados Unidos, o que explicava o motivo do crime.

Assim, até que algo fosse provado, todos os passageiros, inclusive os trabalhadores do trem, foram considerados suspeitos, e cabia a Hercule Poirot analisar a cena, ouvir cada uma das versões e solucionar o caso. Em meio aos relatos controversos, às pistas falsas e à análise apurada do detetive, a história nos traz um impressionante desfecho que não deixa o leitor descansar até que finalize a leitura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Talvez este seja o livro mais genial de toda a carreira de Agatha Christie, o que explica seu recorde de vendas e sua marca na literatura policial. A autora desenvolve a história com uma linguagem fluida, acessível e com bastante diálogos, além da trama envolvente, o que diminui o tempo de leitura e torna a experiência desesperadamente curta; explico: a ansiedade para descobrir o final e solucionar o mistério é imensa, mas quando isso ocorre, para nós, pobres leitores, o sentimento de ‘quero mais’ é estarrecedor.

Se você ainda não iniciou sua jornada pelos livros da autora, Assassinato no Expresso do Oriente é a porta de entrada ideal para conhecer e se envolver com um trabalho literário impecável.

Imagem: Acervo Harper Collins

Esse texto foi escrito por Hagata Eduarda, editado por Hugo Montaldi e revisado por Raquel Severini para o site Referência Nerd.

9.8

NOTA

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