O Encontro Épico entre Deadpool & Wolverine é um Deleite para os Fãs. Reynolds e Jackman brilham em uma sequência cheia de nostalgia, adrenalina e momentos icônicos

Antes do Filme

O mercenário tagarela está de volta e desta vez ele não está sozinho. Ryan Reynolds (Deadpool 2) trouxe de volta para as telas Hugh Jackman (Logan), surpreendendo totalmente os fãs, aumentando as expectativas para o longa e tornando real a dupla mencionada em longas anteriores. Shawn Levy (Gigantes de Aço) comanda as aventuras pelos diferentes cenários presentes no Universo Cinematográfico Marvel (UCM).

Foram desembolsados cerca de $ 200 milhões para a realização do longa. Como sequência do filme anterior, diversos eventos são relembrados, como a viagem no tempo para “consertar” o passado no universo cinematográfico de Ryan Reynolds e Deadpool.

Durante o Filme

A trama inicialmente consiste em Wade Wilson (Ryan Reynolds) buscar trilhar um caminho altruísta para se tornar algo a mais para a sociedade, além do anti-herói Deadpool. Diversas tentativas falham e ele acaba se deparando com a Autoridade de Variância Temporal (AVT). No Quartel General, ele é apresentado a um destino terrível de sua realidade, assim como de todos aqueles que Wade ama. Determinado a mudar o destino de sua linha do tempo, Deadpool parte na missão de buscar a solução em diversas linhas do tempo. Entre diversos momentos cômicos e referências, Wade encontra sua possível salvação, Logan, mas ele não aparenta ser a mesma pessoa da qual lembramos.

Conforme a trama avança, diversos conflitos surgem entre Wolverine e Deadpool, rendendo diversos momentos épicos de combate. Já no vazio, se deparam com a gangue de Cassandra Nova (Emma Corrin), irmã de Charles Xavier. Ambos terão que deixar suas diferenças de lado para combater a ameaça inicialmente local, mas que toma grandes proporções. A dupla se junta com aliados inesperados, personagens “escanteados” do UCM e dos Estúdios Fox, liderados pela X-23 (Dafne Keen).

A sequência final reserva uma tentativa desesperada de destruição da linha do tempo com a absorção de sua energia vital. Ao retornarem do vazio, se deparam com o perigo crescente e possivelmente letal, além da presença de uma legião de Deadpools com sede de violência.

Após o Filme

Deadpool & Wolverine é um suspiro dos bons momentos vividos pela Marvel. Saí da sessão com um sorriso no rosto de ver novamente um filme que me fez vibrar novamente dentro da sala de cinema, além das boas risadas. A direção de Shawn Levy deve ser ressaltada, pois apesar da trama aparentar ser básica em sua essência, o combate se apresenta de maneira muito bem dirigida e coreografa, com destaque para a sequência de abertura do longa. Destaque positivo também para a fotografia do longa, com diversos takes lindos, missão que ficou a cargo de George Richmond (Free Guy: Assumindo o Controle). A escolha das músicas para compor o longa foi novamente acertada, adicionando um toque rítmico aos combates, tarefa que ficou a cargo de Rob Simonsen (A Baleia).

A dupla protagonista assume totalmente a dianteira do longa. Ryan Reynolds segue com seu Deadpool totalmente irreverente e irritante, sem medo nenhum de uma boa briga ou uma boa piada. A interpretação de Hugh Jackman entrega um Wolverine ranzinza e poderoso como sempre, mas atormentado e traumatizado com seu passado. Quando juntos, a química é nítida em tela, onde os pensamentos de seus personagens se contrapõem em diversos momentos. A relação inicial agressiva (literalmente), entre Deadpool e Wolverine se desenvolve conforme um compreende os dramas e desafios do outro, a relação vai se fortalecendo, tudo com aquela pitada de humor e quebra da quarta parede. O clímax da dupla ocorre durante uma grande sequência de combate sangrento com as demais variantes do Sr. Pool, além das últimas cenas da dupla no porão de energia.

Alguns pontos me desagradaram ao longo da trama, como o roteiro optar por uma história simples e sem uma direção em determinados momentos. Na parte final, uma situação totalmente desfavorável aos protagonistas é solucionada às pressas e com pouco capricho. Outro ponto que identifiquei foi com relação à cena final, na dificuldade em gerar uma situação letal o suficiente capaz de matar quem “não morre”. As últimas observações têm relação com o pouco tempo de tela e exploração da vilã, que teria um grande potencial além de ser poderosa e os efeitos visuais deixarem a desejar em alguns momentos.

Acima de tudo, Deadpool & Wolverine resgata aquele sentimento de hype dos fãs da Marvel ao assistir a um filme do estúdio, em alguns momentos virando estádio de futebol na sala de cinema. Ryan Reynolds brilha novamente como Deadpool e que tiro certeiro em trazer de volta Hugh Jackman para seu papel mais famoso, e como precisávamos o vê-lo naquele uniforme amarelo. Com as diversas participações nostálgicas ao longo do filme, humor ácido característico e a quebra da quarta parede a todo momento, o espectador se diverte do início ao fim. Na minha opinião, o filme é pouco superior aos seus antecessores. Fica aqui com certeza minha recomendação para sua presença no cinema.

7.5

NOTA

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