Crítica| Um príncipe em Nova York 2

Talvez o principal problema do filme é ser uma continuação

Antes do Filme 

Um príncipe em Nova York foi um dos filmes mais aclamados do final da década de 1980 e nesta continuação, trinta anos depois, Eddie Murphy volta a interpretar o Príncipe Akeem Joffer. Desta vez,  o protagonista tem  que lidar com seus problemas familiares, encontrar seu filho perdido e ainda, ser um bom governante para seu país, já que  finalmente se torna rei. 

Durante o filme 

A ideia de revisitar os personagens clássicos do filme de 1988 parece ser interessante, à primeira vista, porém logo se perdem quando os mesmos personagens do filme original se tornam simples participações especiais. O próprio título se torna questionável, visto que, diferente do primeiro longa, a cidade de Nova York (ou mesmo o próprio país os Estados Unidos, se você considerar o título original em inglês) praticamente não aparecem na continuação. 

Enquanto no primeiro filme, o Queens era praticamente um personagem vivo no filme, neste é só uma lembrança para mostrar que o filme é uma continuação. Este fato ocorre em muitos momentos, praticamente o roteiro é construído para você se lembrar o tempo todo de que o filme é uma continuação do filme dos anos 1980, com direito a uma cena inteira dedicada a falar isso de forma direta. 

Porém, nem tudo no filme é questionável. As cenas de aventura na África, o próprio desenho de som do filme, a montagem e principalmente o figurino são aspectos que deveriam ser exaltados. Há uma conversa entre as partes técnicas que demonstra um alinhamento da equipe e como eles pesquisaram e trabalharam juntos para exaltar aspectos da cultura de países Africanos, com o objetivo  de criar uma cultura única e fictícia. 

A própria interpretação dos atores é bem aproveitada, não existe um ator que roube a cena sendo melhor ou pior do que o outro, e nem há um ator fraco que prejudique uma cena. Todo o elenco está bem alinhado e possui seu próprio destaque em sua própria cena principal e isto serve para os atores do núcleo principal e os atores convidados para participações especiais. 

Todavia, o roteiro do filme é previsível ao ponto de sabermos o que irá ocorrer no final nos primeiros cinco minutos de filme, e as piadas são, em sua maioria, repetições do longa original. 

Depois do filme. 

Talvez o maior problema do filme é ser uma continuação, pois há pontos importantes na história que poderiam ser melhor aproveitados se não houvessem tantas amarras em fazer ligação com o longa de 1988. É um filme divertido, ideal para assistir com amigos e familiares em casa ao lado de uma boa pipoca, porém fadado a ser somente uma continuação com figurinos melhores do primeiro.    

(Divulgação Amazon Prime Video)

6.0

NOTA

Compartilhe: