Apesar de simples e clichê, filme consegue passar o mesmo tom de aventura dos jogos.

Após a onda de filmes baseados em quadrinhos, chegou a hora dos filmes inspirados em games! Recentemente tivemos os jogos “World of Warcraft” e “Assassin’s Creed” adaptados para as telonas, e agora é a vez de “Tom Raider- A Origem” seguir a tendência. 

ATENÇÃO PARA POSSÍVEIS SPOILERS ABAIXO!

Estrelando Alicia Vikander como Lara Croft, “Tomb Raider – A Origem” segue a história do reboot do jogo homônimo de 2013. Vale lembrar que o filme também é um reboot, já que descarta os filmes anteriores com Angelina Jolie. 

Dirigido por Roar Uthaug ( “A Onda”, “Presos no Gelo”), o filme narra a história de Lara Croft, a independente filha de um aventureiro que desapareceu cerca de 7 anos antes da história começar. Com a esperança de resolver o mistério do desaparecimento de seu pai, Lara embarca em uma jornada para o último paradeiro conhecido do pai, um túmulo da Primeira Imperatriz Japonesa em uma ilha em algum lugar ao largo da costa do Japão. 

O diretor norueguês consegue passar muito bem um tom de ação e aventura no filme, lembrando constantemente as cutscenes do jogo e remetendo muito a obra original, porém o filme não inova muito e aposta sempre em soluções clichês e não muito criativas, fazendo com que o roteiro escrito por Genebra Robertson-Dworet seja raso e simples, prejudicando o filme. A protagonista durante todo o filme sempre opta pela decisão mais duvidosa possível, apenas para que esta resulte em uma ação que leve Lara a cair em um armadilha ou situação de risco, fazendo com que aconteça uma cena de ação que lembre os jogos. E assim o filme se desenrola durante duas horas de película.

Quanto as atuações, a vencedora do Oscar Alicia Vikander se esforça para viver o papel da aventureira britânica. Alicia, apesar de uma aparência jovem, consegue interpretar o papel de uma mulher decidida e que está a procura do pai, personagem esse interpretado por Dominic West, que vive na ilha em uma caverna isolada para impedir que o vilão do filme, Walton Goggins, ache o túmulo da Imperatriz japonesa e libere uma maldição no mundo. 

Entretanto, apesar das boas atuações e da direção, o roteiro e a atenção para alguns detalhes do filme acabam prejudicando a experiência do telespectador. Uma característica muito marcante dos jogos é a quantidade de ferimentos e sujeira que Lara Croft sofre ao longo da história, elemento este que falta no filme. No final, quando uma montanha simplesmente desaba em cima da protagonista, ela sai sem um arranhão e suja como se estivesse rolado em areia de praia, tornando a cena um tanto quanto tosca. O motivo talvez dessa decisão seja a classificação etária do filme, que no Reino Unido é indicada para crianças de 12 anos.

Por fim, “Tomb Raider – A Origem” é um filme mediano, que tenta se prender ao tom dos jogos e, se não fosse por algumas decisões criativas no roteiro, seria mais fiel à história dos jogos. Porém é um filme que diverte, fazendo ainda uma pequena homenagem no final em sua cena pós-créditos a saga de 2001 de Angelina Jolie, mostrando Lara comprando as icônicas pistolas que Angelina usava nos filmes originais.

6

NOTA

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