Crítica | Os Fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice, Beetlejuice

Trazendo a continuação de Beetlejuice Os Fantasmas se Divertem, Tim Burton arrasa novamente e mostra como se faz uma continuação após 36 anos do primeiro lançamento. O filme estreia dia 5 de Setembro em todos os cinemas do Brasil.

Mais um acerto de Tim Burton – Os Fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice, Beetlejuice estreia dia 5 de setembro em todo Brasil.

Antes do filme

“Os Fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice, Beetlejuice” é a sequência que a gente não estava esperando, mas recebeu. Novamente na direção de Tim Burton o longa é a mais nova aposta do diretor. O primeiro filme foi lançado em 1988, ou seja, é desafiador fazer uma sequência após 36 anos, mas não para Burton. Novamente trazendo Michael Keaton no papel principal, Winona Ryder também retorna ao papel de Lydia Deetz e Catherine O’Hara como Delia Deetz e desta vez temos nomes extremamente relevantes na atualidade como Jenna Ortega e o aclamado Willem Dafoe.

A sequência abriu o Festival de Cinema de Veneza neste ano de 2024.

O Filme estreia no Brasil dia 5 setembro somente nos cinemas.

Durante o Filme

O primeiro filme termina com Beetlejuice preso em um limbo por Lydia após a jovem escapar de um casamento, 30 anos depois a filha de Lydia, Astrid, descobre a história e acaba caindo vítima do além. A história se desenrola super bem, apesar de parecer um pouco apressada em alguns momentos.

Em primeiro momento vemos Astrid (Jenna Ortega)  como uma adolescente introspectiva e que sofre bullying dos colegas por conta da fama de sua mãe Lydia (Winona Ryder)  Que é uma apresentadora de um programa de TV sobre fantasmas.  Astrid tem um destaque bem legal no filme, pois os maiores acontecimentos giram em torno de suas ações. Ela se apaixona por Jeremy  que não é um bom rapaz e acaba a colocando em uma situação difícil, Jeremy tenta enganar Astrid mas sua mãe percebe e a história começa ganhar ainda mais forma.

Após esse primeiro contato, o filme traz pra gente uma mensagem, após mais de 30 anos Beetlejuice continua assombrando Lydia, que toma remédios para não ter mais essas alucinações. A personagem fica sabendo que seu pai Charles Deetz (Jeffrey Jones) faleceu em um acidente de avião, e então no dia do enterro seu namorado Rory (Justin Theroux) decide pedi-la em casamento, e a partir disto muitas coisas começaram a mudar, literalmente!

Rory é um homem aparentemente apaixonado por Lydia e que deseja estar ao seu lado sempre, chegando a ser até meloso, em alguns momentos chato. Dentro desta trama toda temos a “volta” de Dolores (Monica Bellucci) A primeira esposa de Beetlejuice que é literalmente uma armadilha mortal, ela suga a alma das pessoas deixando somente a pele, mas o filme não deixa claro se ao fazer o ato, isto tem alguma influência sobre deixá-la mais forte ou se é apenas por puro prazer de se alimentar daquela alma. É de fato um dos destaques do filme, mas não tem muito tempo de tela, porém, quando aparece, rouba a cena.

Michael Keaton é incrível e novamente trouxe aquela roupagem icônica que só ele saber fazer ao personagem. Ainda mais sarcástico, e genial. Ele nos apresenta um Beetlejuice bem dinâmico, mesmo depois de 30 anos do primeiro filme, o ator ainda mostra que sabe dar vida a um de seus personagens mais aclamados pela crítica.

O filme é cheio de referências então tem que ficar ligadinho pra não deixar passar nenhuma delas. É divertido, é nostálgico e ainda assim, cheio de surpresas.  O filme tem uma estética muito bonita que remete demais aos filmes dos anos 80, e deixa esse quentinho no coração do pessoal que viveu a época e até de quem ama os filmes desta década. O roteiro é de Miles Millar e Alfred Gough e por sinal é um bom roteiro, com sacadas bem legais, um pouco apressado, mas pontual. Sem diálogos grandes e maçantes, isso pode ser ruim pra quem gosta de histórias bem explicadas, mas não acredito que isso deva se aplicar a este filme, em geral é um filme com a continuidade dos eventos de forma rápida, mas não se perde no fio condutor, ele deixa a história bem amarrada. A principal crítica é a rapidez da história o que faz com que a gente não se aprofunde nos novos personagens e não consiga criar nenhum tipo de sentimento por eles, nem bom, nem ruim, é apenas mais um personagem aparecendo na tela, mesmo que sejam personagens estreitamente importantes para a trama.

O filme acaba com um gostinho de “quero mais” e deixa em aberto no final para algumas hipóteses.

Depois do Filme

Tim Burton é cheio de sucessos aclamados pelo público com muito humor, música e bizarrices. Ame ou odeie você tem que concordar que o diretor é um dos grandes nomes do cinema Hollywoodiano. O filme de 1h e 44 min é repleto de referências interessantes e instigantes que fazem a gente querer que o filme dure ainda mais.

Com uma trilha sonora um tanto quanto nostálgica com a icônica música “Day-O (The Banana Boat Song)” da cena do jantar entre a família de Lydia no filme. E desta vez em um momento talvez inusitado pra tocar a trilha.

Keaton e Ryder tem um grande destaque no filme como sempre, mas Jenna Ortega também brilha bastante em sua performance, uma menção especial a Monica Bellucci que brilhou!

No geral, eu gostei bastante de “Os Fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice, Beetlejuice. Foi um trabalho muito bem-feito e não decepciona quando o assunto é trazer o espectador de volta pra história após tantos anos, a sequência é o tipo de filme que basicamente ninguém pediu que acontecesse, ou pelo menos ninguém esperava que fosse acontecer e que talvez estivéssemos esperando menos, mas surpreende em diversos aspectos. Todos os elementos são bem construídos apesar da pressa de contar a história.

Day-o, day-o
Daylight come and me wan’ go home
Day, me say day, me say day, me say day
Me say day, me say day-o
Daylight come and me wan’ go home

8

NOTA

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