Antes do filme
Baseado em uma história real, Oppenheimer conta os bastidores que levaram aos eventos das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, desde o momento em que o cientista protagonista descobriu a possibilidade de tal criação até as consequências para sua vida após a guerra.
Durante o filme
Com uma atuação invejável, Oppenheimer é um espetáculo à parte no que diz respeito a contar histórias. Os esforços do diretor Christopher Nolan e do marketing do filme entregam o que foi prometido. No entanto, mesmo que tecnicamente o filme pareça impecável e cheio de referências para os apaixonados por cinema e história, é inegável, principalmente em relação ao roteiro, que o foco não é contar uma história, mas sim proporcionar uma experiência ao espectador. Essa experiência será limitada com base no orçamento da sala de cinema em que ele optar por assistir.
Além da limitação técnica da experiência do filme, Oppenheimer encanta o público com cenas grandiosas, músicas que acrescentam à história, ampliando a narrativa, e uma montagem de cenas que seduzem o espectador, fazendo com que cada uma das 3 horas de filme passe como um suspiro de vento.
Depois do filme
É impossível falar de Oppenheimer sem mencionar a grandiosidade do diretor. Em um filme em que tantas vezes o egocentrismo é mostrado como algo ruim e prejudicial aos campos da ciência e política, o filme se revela justamente um dos (se não o mais) egocêntricos do diretor. As imagens grandiosas e a limitação da experiência devido à tecnologia disponível para o público, o elenco de peso em que atores renomados são tratados como meros figurantes (mas ainda sim com importância), revelam ainda mais o grande ego do diretor, colocando em xeque o ego dos próprios personagens que ele escreveu e dirigiu.
Se você quiser saber minha opinião pessoal quanto ao filme, confira ao vídeo que fiz para nossos parceiros no Nerd Red
