Crítica Netflix | The Umbrella Academy – 2ª temporada

Nova temporada é muito bem elaborada, com cenas divertidas e sombrias na medida certa!

Atenção!! Contém SPOILERS

 

Antes da temporada

A série de heróis (?) poderosos da Netflix está de volta. Com estreia no final de julho, a segunda temporada de The Umbrella Academy ainda está nos top 10 mais vistos na plataforma de streaming duas semanas depois.

Baseado na história em quadrinhos escrita por Gerard Way e ilustrada por Gabriel Bá, a narrativa acompanha seis irmãos adotados por um bilionário excêntrico, Sir Reginald Hargreeves (Colm Feore). Todos nasceram em circunstâncias estranhas e com diversos superpoderes, que vão desde falar com os mortos até saltar no espaço-tempo. No último episódio da primeira temporada, os irmãos sobrevivem ao apocalipse, causado pelos poderes descontrolados da irmã Vanya (Ellen Page).

 

Trama e Roteiro

A segunda temporada começa do ponto onde a primeira terminou: os irmãos Hargreeves voltam demais no tempo e aterrissam em Dallas, em diferentes anos da década de 60. O roteiro é bem diferente das HQs, tomando mais tempo para desenvolver os personagens e contando uma história mais fluida. 

A série toma um rumo inteligente ao mostrar a vida dos irmãos separados, cada um com suas prioridades e jeitos de sobreviver a uma realidade anacrônica. Um exemplo é Allison (Emmy Raver-Lampman), que se torna ativista em prol dos direitos de negras e negros.

Abordando a viagem no tempo de forma compreensível (diferente de Dark), suas implicações no passado e no futuro são cada vez mais nítidos. Os cenários e figurinos dos episódios refletem de forma incrível cada momento leve, cômico, sério ou sombrio, sempre nos lembrando do contexto americano dos anos 60.

Apesar da construção impecável do universo de The Umbrella Academy, a  história da primeira e segunda temporadas é praticamente a mesma. Os Hargreeves precisam de terapia, Cinco é o único sensato do grupo e todos se reúnem para impedir o apocalipse (de novo). Parece familiar?

The Umbrella Academy Season 2 Takes a Trip to Nonsenseville

Klaus, Allison e Vanya no cenário bem anos 60. Foto: Netflix

 

Efeitos Especiais

Um dos atrativos da série é o CGI (computer-generated imagery, ou imagens geradas por computador). O corpo de Luther (Tom Hopper) e Pogo (na primeira temporada), e os poderes de Vanya e de Cinco dependem bastante dos efeitos especiais. É um fator que a produção de The Umbrella Academy acerta em cheio. Além disso, as cenas de combate e matança são bem coreografadas (menção honrosa às lutas de Cinco usando o poder de teletransporte), acompanhadas por uma trilha sonora magistral.

 

Atuação e Personagens

Os personagens que roubam a tela são Klaus (Robert Sheehan) e Cinco (Aidan Gallagher), os preferidos dos fãs. A atuação dos dois é maravilhosa, tomando todo o cuidado e atenção para nos apresentar as personalidades inusitadas dos protagonistas. No entanto, Ellen Page deixa a desejar pelas expressões blasé, e não se consolida como parte da família Hargreeves, e nem como heroína. Tom Hopper, David Castañeda, Emmy Raver-Lampman e Justin H. Min completam o grupo de protagonistas, com atuações acima da média.

A temporada ainda conta com a volta de Kate Walsh como a Gestora, a principal (e divertidíssima) antagonista da série, e com uma adição no seu arco: Ritu Arya, na pele de Lila Pitts. Lila é uma das muitas surpresas positivas que merece um maior desenvolvimento para uma próxima temporada.

What happened to Lila in The Umbrella Academy season 2?

Lila Pitts e a Gestora. Foto: Netflix

Depois da temporada

A segunda temporada de The Umbrella Academy é uma ótima continuação de uma série que agrega fãs desde 2019, divertindo bastante com os problemas de uma família improvável e disfuncional tentando salvar o mundo.

O final deixou muitas questões e tudo indica que haverá uma terceira temporada para respondê-las. A Netflix ainda não renovou a série, então cruzemos os dedos, mesmo que haja uma espera mais longa de produção por conta da pandemia do COVID-19.

10

NOTA

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