Antes do filme
Judas e Messias Negro é o típico filme que tira o fôlego dos espectadores, fazendo com que eles sintam emoções únicas, conforme os acontecimentos apresentados ganham forma. Além disso, conta os bastidores de um dos momentos mais marcantes da história negra norte-americana.
Durante o filme
O filme é baseado na história de vida de dois personagens centrais, o primeiro, o ativista Presidente Fred Hampton, líder dos Panteras Negras. O segundo, William O’Neal, um ladrão de carros que se infiltra nos Panteras Negras a mando do FBI.
A técnica utilizada pelo diretor Shaka King mistura estilos presentes na filmografia de outros diretores, como Tarantino e Clint Eastwood, porém a forma como o diretor aproveita a história e mescla com cenas do documentário Eyes on the Prize, como, por exemplo, onde o’Neal deu sua primeira entrevista pública sobre o ocorrido, demonstram que ele tinha um envolvimento com a história também um amplo trabalho de pesquisa do roteirista Will Berson, que assina a obra ao lado do Diretor.
Outro ponto importante para o filme são as trilhas sonoras e musicais , enquanto as músicas são focadas em aumentar o impacto das cenas, os ruídos de fundo são amplamente montados para criar tensão nas cenas, desta forma, a mixagem de som se torna o ponto alto do filme.
Outro ponto importante é a escolha do elenco, que em sua maioria, se parecem com as pessoas em que os personagens foram baseados. Porém a interpretação, em especial dos agentes do FBI, é caricata e clichê, e os atores que interpretam as gangues “rivais” dos Panteras também não entregam uma performance do mesmo nível que os protagonistas, fazendo os momentos que são citados parecerem chatos ou desconexos com o filme.
Por fim, uma crítica à versão nacional, em especial à legendas, que no intuito de transcrever tudo que está em inglês na tela, inclusive as músicas, acaba por sobrepor palavras, tornando a leitura confusa em alguns momentos, dificultando o entendimento do filme para quem não fala inglês.
Depois do filme
Judas e o Messias Negro certamente tem vários pontos positivos, se perdendo somente nos momentos que tentam justificar o título referenciando a história bíblica. É um filme importante para a história americana, principalmente para aqueles que não são estadunidenses e não entendem o que foi todo o período de segregação na terra do tio Sam. É um filme que sabe mexer com o emocional do espectador e de acordo com os eventos atuais do mundo.