Crítica | Frozen 2 – Elsa ganha protagonismo na sequência

Frozen 2

o protagonismo de Elsa e o desvendar do passado das irmãs constroem a história da sequência "Frozen 2"

Antes do Filme 

Finalmente chega a data de estreia da sequência da épica animação protagonizada pelas irmãs de Arendelle, Frozen 2, da Walt Disney Pictures. A continuação é dirigida por Chris Buck e Jennifer Lee, os mesmo diretores do primeiro filme, vencedores do Oscar de melhor filme de animação em 2014. Na sequência, Elsa ganha um protagonismo maior em relação a confiança em seus poderes e na busca de entender o passado de seus pais. Embora emocionante, o segundo filme não chega a ser tão épico quanto o primeiro.

Sinopse

Elsa (Idina Menzel) e Anna (Kristen Bell) se recordam de uma história que seu pai, quando ainda era príncipe, havia contado às duas na infância. Ele explica sobre um mistério de uma floresta encantada, na qual depois de um suposto acordo entre os nativos da floresta e o rei de Arendelle, os elementos da natureza isolaram a floresta. Elsa sempre escuta uma voz que a chama até a floresta, e acaba despertando os espíritos da natureza; o ar, a água, o fogo e a terra. Junto com Anna, Kristoff (Jonathan Groff) e Olaf (Josh Gad), ela vai em busca dessa voz, e descobre acontecimentos do passado que ajudarão a obter respostas sobre a história da floresta e entender a origem dos seus próprios poderes.

Personagens, atuações e narrativa

O enredo dessa continuação é interessante e original – uma história que, embora previsível, trouxe outro enredo às irmãs Elsa e Anna. Não é tão surpreendente pelo desenrolar das cenas, uma vez que as ações trilham um desenvolvimento fácil de supor ao longo do filme, ainda assim, tem uma moral interessante. Em Frozen 2, descobre-se o passado das duas, que envolve situações de cunho histórico – conflitos, guerras, tratados – e místico – superstições, contos, poderes mágicos. Esse ponto é interessante para desvendar mais sobre o que há por trás das duas irmãs tão diferentes e também da morte de seus pais – nesse filme, elas também acabam descobrindo sobre isso.

Ao mesmo tempo em que o longa tem tom aventureiro e bem-humorado, alguns fatores se perdem um pouco na narrativa, deixando o potencial de melhorias no roteiro de lado. Por exemplo, Kristoff, que passa o filme tentando pedir Anna em casamento. Há diversas cenas que se tornam peças desencaixadas dos demais elementos contribuintes à continuidade da narrativa no roteiro. O personagem poderia ser melhor aproveitado e desenvolvido, mas acabou sendo descontextualizado da história em muitos momentos. Já Olaf, por outro lado, tem momentos incríveis de descontração e humor, que conseguem se diluir na continuidade e ao mesmo tempo oferecer alívio cômico.

Os efeitos de Frozen 2 também são um ponto forte. Com cenários de água, florestas, terra e gelo, a animação conduz movimentos de câmera ousados que compõem bem o cenário rebuscado. Como a cena de Elsa na água, por exemplo, lutando contra a maré e o cavalo da água, como é possível ver no trailer. É uma cena deslumbrante, que dá peso ao trabalho do gráfico, que aperfeiçoou ainda mais os movimentos e detalhes dos elementos em cena.

Depois dos créditos

Frozen 2 atende quase inteiramente a expectativa da continuação da épica animação. Ainda assim, deixa alguns pontos a desejar, especialmente quando se compara ao notável primeiro filme da sequência. 

Escrito por: Roberta Braz

Revisão: Raquel Severini

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7

NOTA

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