Crítica | Duna – Livro Finalmente Recebeu Uma Adaptação Digna!

Denis Villeneuve faz história com produção linda, coesa e fascinante.

Antes do filme

Duna é um dos pioneiros da ficção científica como conhecemos hoje. Star Wars, Star Trek e Futurama não estariam aqui se não tivessem a inspiração de Duna.

O Universo criado em 1965 por Frank Herbert, é composto, originalmente, por seis livros. Algumas tentativas de adaptação para o meio cinematográfico foram realizadas, como, por exemplo, o filme de 1984 dirigido por David Lynch, mas todos foram um fracasso. Até agora.

Anunciado em 2019, o filme dirigido por Denis Villeneuve (conhecido por A Chegada e Blade Runner 2049) deveria ter estreado no final de 2020, mas devido à pandemia do COVID-19, foi adiado. A produção também conta com um elenco de peso: Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome), Zendaya (Euphoria), Rebecca Ferguson (Vida, Doutor Sono), Oscar Isaac (Star Wars, Ex Machina), Jason Momoa (Game of Thrones, Aquaman), entre outros.

Durante o filme

Ambientado em um universo governado por um Imperador, Casas nobres controlam os planetas, entre eles Casa Atreides do Planeta Caladan e Casa Harkonnen do Planeta Giedi Prime. A substância mais valorizada e poderosa é a especiaria, que permite viagens espaciais e longevidade aos humanos. A Casa que controla a produção da especiaria no planeta desértico Arrakis, lar também do povo Fremen e dos vermes de areia, é a Casa que controla o Império. É nesse cenário que conhecemos Paul Atreides (Chalamet), herdeiro do trono de Caladan, que se muda para Arrakis com a família em meio a conflitos políticos.

O destaque da produção vai para a fotografia. O cenário é cuidadosamente construído a partir das dunas dos Emirados Árabes Unidos, onde o filme foi parcialmente filmado. Longas cenas desérticas transportam o espectador para Arakkis, em conjunto com a trilha  musical épica composta por Hans Zimmer (conhecido por O Rei Leão, Interestelar e também o Blade Runner 2049 de Villeneuve).

As atuações também estão impecáveis. Tanto Timothée Chalamet quanto Zendaya são promessas recentes de Hollywood e não desapontaram em nenhum papel até agora. Apesar de não haver muito diálogo no filme, Chalamet carrega o protagonismo com louvor. Os personagens secundários  são igualmente promissores, com destaque para Oscar Isaac como Duque Leto Atreides.

Depois do filme

Denis Villeneuve fez o que David Lynch não conseguiu em 1984. Sem dúvidas, é um filme grandioso, com promessas para uma franquia cinematográfica de sucesso. Com tecnologias recentes de CGI (imagens geradas por computador), roteiro impecável e direção certeira, Duna recebe uma adaptação digna e uma nova chance para voltar a ser um símbolo da cultura pop mundial.

10

NOTA

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