Crítica Dorama | The Last Empress

Imagem/SBS

Com fotografias impecáveis, jogos de câmera e efeitos especiais de alto nível, peça somente numa trilha musical mediana, mas compõe o drama de forma única e com alta qualidade.

Antes

A Península Coreana possuía uma estrutura política monárquica por séculos até ser dividida em dois países em 1945, após essa separação iniciou-se uma política democrática na Coreia do Sul e um governo ditatorial na Coreia do Norte. 

Não diferente de outros países que possuíam um governo monárquico, o tema é bastante adorado pelas produções televisivas. E na Coreia do Sul não é diferente, em meio a diversos kdramas históricos ou que remontam a uma Coreia Monárquica em pleno século XXI.

The Last Empress segue a hipótese do que ocorreria se a Coreia do Sul vivesse uma monarquia nos tempos atuais.

Durante

A trama gira em torno de uma monarquia constitucional, na Coreia do Sul, em 2018. Oh Sunny (Jang Na-ra) é uma atriz musical super alegre e que possui uma paixão platônica pelo imperador Lee Hyuk (Shin Sung-rok) . Com a sua inocência e seu amor, a família imperial decide usá-la como álibi para um crime cometido em uma noite de diversão.

“The Last Empress” é um dorama que nos surpreendeu em muitos aspectos, mas em especial na atuação da Jang Na-ra. Outras duas atuações nos surpreenderam: a do Shin Sung-rok e da Lee Elijah. Além disso, a trama é bem desenvolvida quando pensamos nas conexões dos personagens, as artimanhas da família imperial que são  capazes de nos surpreender a cada episódio, através de jogos de corrupção e crimes muito bem orquestrados.

 Jang Na-ra é famosa por trabalhos como “The Fated To Love You” e “Go Back Couple”, ela vive as sombras de seu rosto angelical e sempre com papéis doces, iniciamos o dorama acreditando que Oh Sunny seria mais uma personagem fofa e sem muito o que mostrar. Entretanto, na segunda fase do drama vemos uma mulher forte, independente que decide pôr fim a gerações de corrupção dentro da monarquia. Neste kdrama vemos uma nova versão de Jang Na-ra, uma atriz que consegue ser atriz dentro de um dorama, que consegue mostrar que uma mocinha com rosto angelical pode ser uma mulher forte e guerreira e que ela é uma atriz extremamente versátil e pouco explorada pela teledramaturgia.

The Last Empress traz mudanças nos clichês de kdrama, onde a mocinha é salva por um homem forte e perfeito. A vilania de Shin Sung-rok traz algumas questões psicológicas e superproteção materna. As mudanças de atitudes do personagem com a Oh Sunny nos faz questionar seu limite de bondade e maldade, que faz o espectador criar tanto empatia quanto aversão a ele em diversos momentos.

Lee Elijah é um atriz com uma carreira estável tendo participado de doramas como “Miss Hammurabi”, onde ela era a secretária do tribunal e mostrou também sua versatilidade em um papel de pouco destaque, mas importante para a trama. Além disso, fez parte do triângulo principal de “Fight For My Way” onde ela pôde mostrar todo seu potencial para comédias românticas e uma versatilidade em sua atuação. Já em “The Last Empress”, Lee Elijah faz uma personagem bastante difícil, devido às atitudes e decisões que toma no percorrer da trama. A atriz demonstra excelente atuação ao ser a moça que se apaixona pelo imperador e sonha em ser sua esposa e acaba como sua amante. Ela se torna uma personagem forte e que busca seus interesses sem medir as consequências. 

Choi Jin-hyuk é ator de carreira sólida que já trabalhou com Jang Na-ra em “Fated To Love You” e acabou por não ser o par romântico tanto esperado da personagem, o que deixou os fãs com o desejo de vê-los como um casal em outra aparição. Sua versatilidade pode ser vista em dramas com gêneros totalmente diferentes como o romântico de “Fated To Love You”, o detetive como pode-se ver em “Tunnel” e uma máquina de lutar como está presente em “Rugal”. Em “The Last Empress” ele vive um cidadão comum que vê sua vida desandar com a morte de sua mãe e a fuga de sua noiva. A fuga de sua noiva o fere, mas seu objetivo no drama é buscar o assassino de sua mãe, nessa busca ele descobre as artimanhas da família imperial e decide por infiltrar na residência monárquica, além disso reencontra sua noiva. Lá ele se une a Oh Sunny em busca de vingança e melhorias para o império coreano.

A única crítica ao dorama é o fato de que Choi Jin-hyuk não pode participar dos 4 episódios finais, pois o dorama sofreu uma alteração em seu número de episódios e o ator já havia confirmado compromissos contando com o final do dorama firmado em contrato. Ainda bem que a direção e os roteiristas foram espertos para salvar o final do dorama, visto que, essa ausência poderia afetar a produção e acreditamos que a finalização foi tão impecável que não conseguimos imaginar outro fechamento.

Os atores mirins nos trazem um mix de fofura e raiva, em especial pela filha do imperador. Ela é um doce de criança, porém mimada e mal criada. Oh Sunny mostra para ela como é ter mãe e receber uma educação com limites nos fazendo amar as cenas em que ambas aparecem juntas.

Depois

Mesmo com algumas controvérsias nas mudanças de contrato com os atores e a prolongação do drama de 48 para 52 episódios, a trama foi bem aceita pelo público sul coreano chegando a uma audiência considerada mediana para um canal livre de televisão.

The Last Empress recebeu quatro indicações ao SBS Drama Awards 2018 no qual levou os prêmios de: Prêmio de excelência superior, ator em um drama de quarta a quinta-feira (Choi Jin-hyuk e Shin Sung-rok) e Prêmio de excelência superior, atriz em um drama de quarta a quinta-feira (Jang Na-ra). Le Elijah foi indicada ao prêmio de Prêmio de excelência, atriz em um drama de quarta a quinta-feira e Oh Ah-rin ao prêmio de Melhor ator/atriz jovem, infelizmente nenhuma das duas levou o prêmio.

E recebeu uma indicação Seoul International Drama Awards 2019 o qual Jang Na-ra recebeu o prêmio de melhor atriz.

Escrito por Thayane Rodrigues

Revisado por Thais Trindade

Editado por Hugo Mondalti

Imagem/SBS

10

NOTA

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