Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura não inova, mas agrada

Sam Raimi traz o primeiro filme de terror da Marvel e acerta no tom

Antes do filme

Um dos filmes mais aguardados do ano chegou! Doutor Estranho no Multiverso da Loucura marca um ponto chave na Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). Os dois personagens mais poderosos da franquia, Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) finalmente se enfrentam tendo como pano de fundo o multiverso, introduzido na série Loki da Disney+ e aprofundado em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. O longa também marca o retorno de Sam Raimi (conhecido pela trilogia Homem-Aranha e franquia Evil Dead) na direção depois de quase 20 anos.

Durante o filme

O longa introduz America Chavez (Xochitl Gomez), uma jovem que consegue viajar entre os universos. Em cada um deles, há uma versão de você, mas um pouco diferente. America está sendo perguida por demônios, e é salva por Doutor Estranho. É nesse contexto que Wanda Maximoff se aproxima para usar os poderes de America, tentando resolver perguntas que ficaram sem resposta no final da série WandaVision.

Esse é um filme com uma pitada de terror, apenas o suficiente para o “family-friendly” da Disney, um sinal de Sam Raimi passou por aqui. É uma construção muito bem feita que alia susto, fantasia e atuações de peso de Cumberbatch (com suas várias versões de vários universos) e Olsen (que interpreta uma bruxa poderosíssima com um ideal).

Não é fácil acompanhar o MCU se você não começou a ver os filmes da Fase 1, lá nos anos 2010. Com as séries do Disney+ e a introdução de incontáveis novos personagens, fica cada vez mais difícil encontrar uma brecha para se familiarizar com o Universo. Ou melhor, Multiverso. A ideia da Fase 4 de abordar o multiverso pode ser um tanto quanto mirabolante, mas lançando mão da tecnologia de efeitos especiais, tudo é possível. E é nisso que Doutor Estranho no Multiverso da Loucura faz muito bem. Os efeitos especiais aliados à trilha sonora dão o toque final do filme que, apesar de ser sim um blockbuster de super-herói, não deixa a qualidade cinematográfica de lado.

Depois do filme

Para os que já estão familiarizados com a Marvel, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um ponto-chave para o entendimento do multiverso. Já para os que ainda não viram todas as obras do UCM, pode ficar meio difícil de acompanhar as referências. Doutor Estranho 2 não foge da “fórmula Marvel”, mas é uma boa tentativa.

8

NOTA

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