Festival do Rio | Até Que A Música Pare

(Divulgação:PANDORA FILMES)

Entre Paisagens e Dilemas:Uma Jornada com ‘Até que a Música Para

Antes do Filme

Exibido no Festival do Rio, um dos mais importantes festivais de cinema do país, Até que a Música Para é o novo filme da cineasta Cristiane Oliveira. Busca, em meio a paisagens maravilhosas e com uma co-produção Brasil-Itália, encantar os espectadores com uma boa história e uma protagonista carismática.

Durante o Filme

A trama narra os dilemas de uma mãe tentando entender seu lugar no mundo após seus filhos saírem de casa para morarem sozinhos. Durante essa busca, ela decide acompanhar seu marido em seu trabalho, mas acaba por descobrir um lado de seu esposo que desconhecia.

Por mais simples que seja o enredo da história, como ela é usada para tecer críticas a relacionamentos familiares, visões políticas distintas e religião é surpreendente. O roteiro e a interpretação da atriz protagonista Cibele Tedesco não têm críticas a serem feitas; são, de fato, pontos altos da trama. No entanto, o mesmo não pode ser dito dos demais atores do elenco, especialmente dos filhos da protagonista, que apresentam interpretações mais válidas para o teatro do que para o cinema propriamente dito.

Outro ponto que incomoda é o excesso de imagens da floresta, campo e região. Por mais belas que sejam, são usadas à exaustão, tornando a trama mais lenta e cansativa do que precisaria. Quanto à parte técnica, o filme apresenta uma montagem competente que não se sobressai, mas cumpre seu papel de forma justa com o que o filme se propõe. O mesmo vale para o som e as músicas.

Depois do Filme

Cristiane Oliveira assina a direção e o roteiro da produção. A diretora possui boa experiência com filmes para festivais e tem um olhar diferenciado que a ajuda a contar boas histórias, mesmo que sejam simples em ideia. No entanto, neste filme, provavelmente os efeitos da pandemia de 2020 afetaram as tomadas de decisão e prejudicaram o resultado. Ainda assim, ela consegue entregar um filme poético com uma boa história e competente em sua maioria.

Vale ressaltar que, por ser um filme mais artístico, talvez os fãs mais acostumados com filmes de grande orçamento de Hollywood não gostem do ritmo mais lento presente na trama.

(Divulgação:PANDORA FILMES)

7.8

NOTA

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