Crítica Amazon | The Boys – Segunda Temporada

Série de super-heróis se consagra como uma das melhores da atualidade com cenas sangrentas e chocantes

Antes da temporada

Poucas séries têm o orgulho de apresentar uma segunda temporada coesa, bem produzida e com uma história tão bem contada quanto a primeira. Felizmente, The Boys é o maior exemplo disso. Com uma primeira temporada impecável, a série conseguiu superar suas expectativas para o segundo ano e se consagra como um dos maiores títulos da Amazon Prime Video.

Baseada nos quadrinhos de  Garth Ennis de mesmo nome, The Boys acompanha um Estados Unidos onde existem super-heróis. A semelhança com a Marvel ou a DC acaba aí, pois a série é justamente uma sátira aos heróis “bonzinhos”. Ela aborda temas atuais como a influência das redes sociais, os direitos LGBTQIA+, a monetização de praticamente tudo e os movimentos supremacistas brancos.

 

Durante a temporada

A série acompanha dois núcleos principais, o d’Os Sete, supers mais importantes e conhecidos dos EUA, e Os Caras, grupo de rebeldes que planeja acabar com a empresa corrupta que mantém os supers, a Vought. Na nova temporada, os personagens são trabalhados individualmente, mostrando suas motivações e vulnerabilidades. Assim como na primeira temporada, o maior diferencial de The Boys são as cenas chocantes, sanguinárias e “gore” (não é à toa que a classificação indicativa é de +18 anos), explodindo desde cabeças humanas até baleias.

O destaque dessa temporada vai para a nova personagem, Tempesta (Aya Cash) que, apesar de parecer uma super sensata e ganhar os fãs (dentro e fora da série), têm segredos em seu passado que vêm à tona. O líder d’Os Sete, Capitão Pátria (Antony Starr), está cada vez mais megalomaníaco e louco, enquanto se preocupa com sua imagem e aprovação dos fãs. As outras duas mulheres do grupo, Rainha Maeve (Dominique McElligott) e Luz-Estrela (Erin Moriarty) definem suas prioridades e trabalham suas inseguranças. O arco de Profundo (Chace Crawford) e Trem-Bala (Jesse T. Usher) nesta temporada é o único ponto que deixa a desejar, sendo bem lento e, a princípio, sem conexão com o resto da narrativa. Agora, também temos maior participação de Stan Edgar (Giancarlo Esposito), CEO da Vought, puxando a história para um lado mais político.

Quanto aos Caras, eles ficam perdidos quando Billy Bruto (Karl Urban) some no final da primeira temporada, e só voltam à ativa quando ele retorna. Isso é um ponto ruim porque, apesar de Bruto ser o elo entre Os Caras, o grupo não tem independência. Os relacionamentos entre Francês (Tomer Kapon) e Kimiko (Karen Fukuhara), e Hughie (Jack Quaid) e Luz-Estrela se estreitam, e, felizmente, não são romances melosos. Outros dois personagens cruciais na narrativa são Becca (Shantel VanSanten) e seu filho Ryan (Cameron Cravetti), o primeiro nascido super, que não precisou de Composto V para obter seus poderes.

 

Depois da temporada

A produção de The Boys não descansa até oferecer as cenas mais absurdas e impactantes, um apelo muito bem construído para a narrativa. A série já foi renovada para a terceira temporada e, além disso, um spin-off também está sendo pensado. Os fãs da série já estão na expectativa de mais um ano de sucesso de The Boys.

10

NOTA

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