Crítica| Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Continuação do filme de 1996 inova na franquia sem desrespeitar o original.

Muitas pessoas torceram o nariz quando foi anunciada uma continuação de “Jumanji”, afinal, o filme original de 1996 é considerado por muitos um clássico atemporal, lembrado com carinho e nostalgia por aqueles que cresceram assistindo o filme na “Sessão da Tarde”. 


Havia um receio muito forte de que o novo filme desvirtuasse a franquia de sua ideia original, ou que fosse uma tentativa de reboot da franquia que renegaria o filme anterior.

No final o que tivemos no cinema foi um filme que conta uma história com elementos novos, que respeita a obra original e abre possibilidades para uma franquia.


ATENÇÃO PARA SPOILERS ABAIXO

A trama de “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” gira em torno de quatro adolescentes distintos que estão em detenção no fim de semana, cada um por motivos diferentes (qualquer semelhança com “O Clube dos Cinco” não é mera coincidência). 


Entediados, os jovens encontram um console antigo, com a fita de um jogo chamado Jumanji dentro. Ao ligar o jogo, cada um deles escolhe um avatar e então dão início a aventura, e são transportados para dentro do jogo, assumindo os corpos de seus avatares.

Dentro do jogo, os avatares são os opostos dos jovens que os controlam. A patricinha fútil (Madson Iseman) torna-se um homem de meia idade e com sobrepeso(Jack Black), o nerd tímido e medroso (Alex Wolff) torna-se um herói forte e destemido(Dwayne Johnson), o atleta forte e convencido(Ser’Darius Blain) torna-se um homem baixinho e fraco (Kevin Hart), e a menina tímida e inteligente (Morgan Turner) torna-se uma mulher que anda sempre com trajes mínimos (Karen Gillian), o que permite ao filme fazer uma crítica válida a sexualização desnecessária de personagens femininas em jogos.


Enquanto a trama foca no humor dos jovens tentando se adaptar a seus novos corpos, o filme é ótimo, porém quase todos os outros aspectos de seu enredo são extremamente medianos. Os personagens não tem personalidade além de seus estereótipos, o vilão é completamente esquecível, os efeitos especiais são inconsistentes e a história é clichê e previsível. 


Os elementos mais interessantes são os personagens e suas interações, além de algumas referências ao primeiro filme.


No fim das contas “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” é um filme divertido, porém clichê, que atualiza as ideias de seu antecessor, respeitando suas origens.

Recomendações:

Não é necessário ter assistido ao primeiro filme para entender esse, porém ver “Jumanji” tornará a experiência mais completa. Outros filmes de temática semelhante são, “Zatura”e “Gamer”.        

6

NOTA

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