Crítica | Barbie – Feito Por Mulheres, Para Mulheres

Filme é uma crítica bem-humorada sobre o patriarcado e uma celebração ao feminino

Antes do filme

Um dos filmes mais esperados do ano chegou para nós: Barbie, baseado na famosa boneca que vem encantando e empoderando mulheres desde 1959. Apesar dos inúmeros filmes animados, Barbie nunca havia ganhado uma versão live-action… até agora. Dirigido por Greta Gerwig (Lady Bird, Adoráveis Mulheres) e protagonizado por Margot Robbie (Eu, Tonya, Esquadrão Suicida), Barbie esteve sob uma aura de mistério desde 2021.

Durante o filme

As expectativas estavam altas para Barbie, e a diretora conseguiu acertar nos atores, na história e no humor. A Barbie Esterotipada, nossa protagonista branca, loira e magra, mora na Barbielândia, uma cidade utópica e perfeita, e acaba presenciando algumas situações estranhas (celulite, torradas queimadas, pés planos…) que precisa resolver no mundo real. O filme possui reviravoltas (muito além do trailer que, para nosso desespero, não nos diz absolutamente nada) e uma estética delicada e com tons pastéis na terra da Barbie.

É uma surpresa para Barbie ver que, enquanto na Barbielândia o poder é das mulheres (Barbie Presidente, Barbie Ganhadora do Nobel, e por aí vai); no mundo real, os homens controlam tudo. O filme não só é uma crítica ao patriarcado, como também à ideia de boneca modelo com corpo perfeito. Greta Gerwig fez o possível para ressignificar o lado ruim que Barbie representa, embora nem sempre consiga convencer.

Os melhores filmes são definitivamente aqueles em que os atores se divertem fazendo. É inegável o carinho de Ryan Gosling pelo personagem Ken, e é visível que ele é muito feliz atuando em Barbie; e o mesmo ocorre com Michael Cera e seu personagem Allan. Margot Robbie não é nada além da perfeição, tanto na Barbielândia quanto fora dela. Foi a melhor escolha de atriz, sem sombra de dúvidas; não apenas por sua aparência, mas sabemos que se entrega de corpo e alma a qualquer projeto (não é à toa que também é produtora do filme). As participações especiais foram muito bem vindas: Dua Lipa, John Cena e quase o elenco inteiro de Sex Education.

Depois do filme

Barbie é uma comédia atual, com personagens carismáticos (claro, é a Barbie) e uma continuação quase certa (estamos no aguardo, Greta Gerwig). Não é um filme para a família, ao contrário das animações infantis; e a execução fica dentro das expectativas (não espere um longa mirabolante). Barbie é consciente de suas falhas e é bem-sucedido em celebrar o feminismo e o feminino com muita crítica social e humor.

9.5

NOTA

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