O estudo sobre serial killers vêm ganhando espaço na literatura e cada vez mais livros sobre eles são publicados. Entretanto, escolher por qual iniciar sua leitura é essencial não só por se tratar de um assunto pesado para o qual nem todos estão preparados, mas também por ser necessário um cuidado ao escolher o autor que saiba abordar o assunto da melhor forma. É de extrema importância escolher os livros certos que irão tratar o assunto com sua devida responsabilidade, e por esse motivo a lista 5 Livros Sobre Serial Killers está sendo recomendada com livros da coleção Crime Scene da Darkside Books.

Exatamente por estar se tornando um assunto mais procurado e discutido no Brasil, muitos criadores de conteúdo criminal não consideram a romantização que esses criminosos sofrem pelo público que consome esse conteúdo, e muitas vezes acabam incitando algum tipo de glamourização do serial killer e a exaltação da figura criminosa, que deixa de ser vista como algo macabro e perturbador, e passa a ser objeto de entretenimento de forma irresponsável. 

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5. Arquivos Serial Killers – Made In Brazil (Ilana Casoy)

 

Escrito pela Ilana Casoy, maior especialista brasileira em serial killers, o Arquivo Serial Killers – Made in Brazil é um compilado de narrativas que contam as histórias dos serial killers nacionais mais conhecidos. A autora conduziu uma pesquisa completa de cinco anos que incluía visitas a manicômios e penitenciárias, entrevistando pessoalmente cada criminoso que logo mais estaria compondo o primeiro livro dedicado inteiramente aos serial killers brasileiros. 

Foram sete objetos de pesquisa, tendo como entrevistados três conhecidos como Marcelo Costa de Andrade, o Vampiro de Niterói; Francisco Costa Rocha, Chico Picadinho; e pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador. Os relatos feitos pelos três mostra ao leitor como funciona a mente criminosa de um serial killer, tudo isso tendo o acompanhamento de uma especialista em resolução criminal, abordando motivações e métodos desses assassinos.

 

4. Lady Killers (Tori Telfer)

 

Lady Killers veio para quebrar qualquer paradigma que diz que serial killers são todos do gênero masculino. A costumeira expressão “sexo frágil” perde as forças ao ler esse livro, que é nada menos que um compilado de histórias de assassinas em série escrito pela autora Tori Telfer, que se inspirou em sua coluna no site Jezebel. A autora cita nomes como Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, e mais doze mulheres sádicas e perigosas, sempre fugindo dos estereótipos de gênero e seguindo um viés feminista ao discorrer sobre o assunto, mostrando que mulheres também podem ser assassinas cruéis porém sem romantizar ou desumanizá-las.

Telfer inclusive destaca que essas mulheres muitas vezes tiveram suas penas atenuadas por serem consideradas não tão perigosas comparadas ao serial killers do gênero masculino, o que se prova ser um pensamento totalmente equivocado após a leitura do livro Lady Killers.

 

3. Killer Clown (Terry Sullivan, Peter T. Maiken)

 

John Wayne Gacy era um cidadão modelo, fazia trabalhos voluntários em hospitais vestido de palhaço. Entretanto, Pogo, seu alter ego, era um estuprador, torturador e um dos serial killers mais perigosos que tinha como vítimas garotos adolescentes. Terry Sulivan, um dos autores desse livro, foi também promotor do caso na época em que ocorria a investigação, e reuniu diversos detalhes sobre as mais de trinta vítimas de Gacy e sobre seu julgamento. 

Sendo considerado um dos mais sádicos serial killers da história, ele foi condenado à morte e pintou diversos quadros, entre eles imagens de palhaços, até a execução de sua sentença quatorze anos depois. 

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2. Meu amigo Dahmer (Derf Backderf)

 

Meu amigo Dahmer conta a história do serial killer Jeffrey Dahmer, mais conhecido como o Canibal de Milwaukee, pelo ponto de vista de seu antigo amigo de escola e quadrinista Derf Backderf, que é o autor desse livro em formato graphic novel. O livro possui ilustrações de Dahmer quando ainda estava no Ensino Médio, um pouco antes de começarem os assassinatos que o fizeram se tornar um dos serial killers mais temidos.

O autor entrevistou antigos colegas e professores da época, além de arquivos do FBI e da mídia, dando ao leitor uma visão mais realista por ter sido próximo de Dahmer antes de saber que o amigo se tornaria um assassino necrófilo e canibal. O livro ganhou uma premiação francesa como um dos cinco melhores livros de não-ficção de 2012.

 

1. Ted Bundy – Um estranho ao meu lado (Ann Rule)

 

Começando por um dos mais conhecidos, se não o mais conhecido de todos, Ted Bundy se tornou referência quando o assunto é serial killer. Diversos livros, documentários e filmes foram feitos sobre ele retratando seu carisma e sua lábia, mostrando entrevistas e até mesmo gravações de seu julgamento aberto para toda a imprensa, o que foi um verdadeiro espetáculo para a mídia. Sendo conhecido como “O anjo da morte”, Bundy inclusive dispensou seu advogado para fazer sua própria defesa.

Há muita discussão sobre o filme mais recente Ted Bundy: a irresistível face do mal (2019), que conta sua história pelo ponto de vista de sua namorada, Elizabeth Kloepfer, que levou anos para acreditar que a pessoa que amava era um assassino em série. O filme por ser baseado no livro escrito por ela, The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy, deixa de fora cenas de agressão ou violência, ou qualquer tipo de coisa que nos leve a visualizar Bundy como um assassino, e ainda teve o ator Zac Efron o interpretando, considerado por muitos uma péssima escolha por se tratar de um ator com feições e expressões delicadas, o que cria uma empatia em quem está assistindo. Entretanto, muitos afirmam que a escolha de Efron foi essencial para demonstrar o carisma e o motivo de Ted Bundy ter diversos admiradores ao ponto de receber cartas de amor na prisão. Ele também manteve um relacionamento com uma mulher enquanto estava preso, depois de finalmente ser dispensado por Elizabeth.

O livro Ted Bundy – Um estranho ao meu lado se tornou um best-seller explorando a dualidade de um namorado charmoso e carismático, e um psicopata que admitiu ter matado pelo menos 36 mulheres. Por meio de uma abordagem pessoal, o livro tem como autora ninguém menos que Ann Rule, antiga colega de trabalho de Bundy.

 

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