Crítica| Uma Carta Para o Papai Noel

Do Polo Norte ao Brasil: Papai Noel chega no solo catarinense pronto pra desvendar o mistério envolvendo os presentes de Jonas e seus amigos.

Antes do filme

Uma Carta Para Papai Noel é um filme nacional infantil dirigido por Gustavo Spolidoro que retrata a vida de Jonas(Caetano Rostro Gomes), um garotinho que vive em um orfanato junto com seus amigos, aos cuidados de uma governanta amarga(Elisa Volpatto) que esconde muitos segredos. Jonas e seus amigos nunca receberam presentes no natal, e então o menino decide tomar uma atitude e enviar uma carta ao Papai Noel, preocupado com o bom velhinho, o menino decide perguntar mais sobre como é a vida do homem quando ele não está ocupado entregando milhares de presentes, e aproveita para perguntar o motivo de ele e seus amigos nunca terem ganhado nenhum.

Do outro lado do mundo, no polo norte, o bom velhinho(José Rubens Chachá) vivia uma vida triste e automatizada, dominada pela facilidade da tecnologia e cansado da falta de emoção. Desacreditado do Natal, Noel pensava que as crianças já nem se importavam mais com ele, apenas com os presentes que ele entregava. Quando recebe a carta de Jonas, essa percepção muda e ele se sente querido novamente, ficando bastante emocionado. Inspirado pelas palavras do menino, Noel junto de sua esposa Maria(Totia Meirelles) e fiel ajudante Tata(Polly Marinho), decide partir em uma aventura épica pra descobrir aonde foram parar os presentes do menino durante todos esses anos.



Durante o filme

O filme tem referencias que vão arrancar risos dos pais, se utilizando de cenas repletas de referencias de filmes clássicos com um toque de humor, a produção acerta em trazer um sentimento de nostalgia ao espectador. “De um simples brilho que acompanha um personagem a algo mais complexo, como uma viagem interplanetária, os efeitos especiais realmente são uma marca no filme”, explica o diretor.

Aproveito o espaço para reclamar um pouquinho das falhas que pude reparar em relação aos efeitos especiais. Um olhar mais atento pode trazer a tona falhas nos recortes de chroma, a falta de movimento de elementos externos no fundo (as arvores imóveis, que parecem um bloco anexado ao fundo), entre outros detalhes. A utilização de clichês em demasia acaba empobrecendo um pouco a experiencia, mas de uma forma geral, o filme conseguiu superar essas questões e proporcionar uma experiência satisfatória. Polly Marinho brilha como a assistente atrapalhada do Noel, e através de sua veia cômica traz leveza a obra, e também garante uma pitada de diversão única.

A trilha sonora conta com uma musica original, feita exclusivamente para o longa. composta por Arthur de Farias e Fernanda Takai e interpretada pela própria. O longa também traz uma releitura inédita da canção “Sobre o Tempo”, da banda Pato Fu, a faixa faz parte de um projeto do grupo voltado para o publico infantil. A música original e a releitura da canção “Sobre o Tempo” adicionam camadas interessantes à experiência cinematográfica.



Depois do filme:

Uma boa pedida para levar a família para assistir num final de semana e aproveitar o clima natalino. Apesar dos apesares, o longa consegue cumprir o que se propõe e entrega uma aventura natalina repleta de mensagens positivas, experiencias divertidas, referencias nostálgicas e muito humor. O saldo termina positivo e garante que tanto os miúdos quanto os pais tenham uma boa experiencia ao sair das salas de cinema. O toque de humor, as referências nostálgicas e a trilha sonora exclusiva certamente contribuem para a atmosfera festiva.

5

NOTA

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