Crítica | Matrix: Resurrections – Nostalgia e narrativa renovada reacendem a continuação da franquia

O filme emerge com novidades interessantes, mas desenvolve a narrativa da história de forma confusa

Antes do filme

Matrix: Resurrections (2021) chegou aos cinemas nesta quarta-feira (22), carregando o legado da franquia de ficção científica. Nessa continuação, o filme traz nostalgia e renova a narrativa depois de 20 anos, com uma continuação do enredo já conhecido pelo público.

A sinopse revela:  ‎”Em um mundo de duas realidades — a vida cotidiana e o que está por trás dela — Thomas Anderson terá que escolher seguir o coelho branco mais uma vez. A escolha, embora uma ilusão, ainda é a única maneira de entrar ou sair da Matrix, mais forte, mais segura e mais perigosa do que nunca.”

Durante o filme

Há um peso enorme em formatar uma quarta sequência de uma franquia renomada pela sua história e identidade icônica. Não é fácil manter os fatos que se sucedem tão amarrados e justificáveis em um universo ficcional nos quais os acontecimentos se desenrolam com muitas metáforas e poucas respostas. É isso que ocorre em Matrix: Resurrections.

O filme conta com 150 minutos de tela que não se dividem bem no desenvolvimento da trama. Isso torna a experiência confusa, pois certas informações se esgarçam demasiadamente nas explicações e outras mais complexas são esclarecidas de forma rápida demais. O resultado desse timing é deixar a história confusa, principalmente ao tentar desvendar novas justificativas para que os fatos de uma história de 20 anos tenham se desdobrado daquele jeito. Essa demora no “fazer sentido” extrai a verossimilhança da ficção científica e agrega muita fantasia.

No quesito de efeitos e visual, o filme traz cenas de ação de qualidade impecável, assim como remonta o característico universo digital e das máquinas da maneira mais icônica ao estilo “matrixiano”. Os novos personagens também são interessantes e incorporam o imaginário da continuação da trama. Alguns rostos de atores conhecidos de outros trabalhos da diretora Lana Wachowski são adições interessantes ao universo Matrix. Sobretudo, a nostalgia de ver Neo (Keanu Reeves) e Trinity (Carrie-Anne Moss) sob uma visão amadurecida e em novas interações já traz um motivo para apreciar a nova obra, mesmo não sendo tão forte no roteiro.

Depois do filme

É difícil seguir e manter a força e originalidade do primeiro filme da franquia, mas Matrix: Resurrections emerge com novidades e reacende a narrativa da história de forma interessante, adicionando mais camadas ao universo já conhecido e apreciado pelos fãs, mesmo que ainda de forma confusa. 

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Escrito por: Roberta Braz

Revisão: Thais Trindade

Editado por: Hugo Montaldi

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6.5

NOTA

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