Crítica| 007: Sem Tempo Para Morrer – Previsível, porém audacioso

(Divulgação/ Universal Pictures)

Previsível e audacioso

Antes do filme

Nascido nas páginas dos romances escritos por Ian Falming, James Bond  transcendeu as barreiras da ficção e se tornou uma das maiores franquias cinematográficas de todos os tempos.

Mesmo com o adiamento da estreia de Sem Tempo para Morrer, em virtude da pandemia de Covid que assolou o mundo, o filme chega com uma premissa conhecida dos fãs da franquia, a irreverente luta do bem contra o mal e todos os segredos que circundam ambos os lados. 

Durante o filme. 

O filme  inicia com um James Bond mais velho e aposentado que tenta abandonar seu passado e está disposto a seguir uma vida nova ao lado da mulher que está apaixonado, todavia segredos do seu passado voltam para  confrontá-lo. Quando um antigo amigo o convoca para uma última missão, o bom e velho espião inglês abandona sua aposentadoria a fim de ajudá-lo 

A princípio a trama é mais uma história clichê de filme de espionagem, porém é justamente no clichê que a narrativa do filme se mostra. O filme não possui surpresas aparentes para o espectador, o tempo todo ele te diz o que irá acontecer no final da trama, mesmo assim esperamos não acreditar que o diretor Cary Joji Fukunaga, (beasts of no nation) que também co-escreve o roteiro, seria capaz de algo assim, e quando chegamos ao fim do filme e vemos a grandiosidade das cenas finais, percebemos que sim, ele foi capaz. 

Quanto à parte técnica, Sem Tempo para Morrer apresenta figurinos, músicas e efeitos especiais instigantes que fazem com que o espectador vibre por cada sucesso do herói, mas também fique chocado em cada fracasso e talvez seja o ponto alto do filme, visto que as atuações não apresentam nenhuma grandiosidade. 

E falando de atuação vale mencionar o trabalho das atrizes Ana de Armas e Léa Seydoux, que mesmo com pouco tempo de tela, comparativamente falando com o protagonista, se apresentam como  personagens carismáticas e com trabalhos de atuações muito bem ensaiadas. 

Quanto ao vilão vivido pelo Rami Malek, não apresenta nada de novo, tanto em roteiro, quanto em performance, talvez um dos vilões mais fracos apresentados nesta leva moderna de filmes com Daniel Craig

Depois do filme. 

O novo filme do espião a serviço secreto de sua majestade é um ótimo desfecho para as aventuras de Daniel Craig, na pele de James Bond. O ator já confirmou que não retornará ao papel nos próximos filmes, e a forma grandiosa que o filme se despede do ator e do personagem é certamente o ponto alto do filme. 

Talvez este seja um dos filmes mais audaciosos da franquia, todavia, um dos mais previsíveis e de certa forma preguiçoso  O filme a todo tempo constrói e apresenta novos personagens, instigando que eles em algum momento roubem a cena, porém isso nunca ocorre. 

Felizmente os fãs da franquia poderão se deliciar com as referências a filmes passados, aos livros e até aos jogos da franquia 

Edição: Hugo Montaldi

Correção:Thais Trindade

(Divulgação universal picturesa)

7.5

NOTA

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